segunda-feira, 26 de maio de 2008

Do ateísmo como «fé»*...

Pelo seu interesse, com a devida vénia, reproduzimos a inspirada crónica do Professor de Economia João Carreira das Neves (que, sempre provocador, às vezes não consegue ser tão feliz) - A fragilidade de uma crença -, no D.N.

«A vida pública é hoje ateia ou agnóstica.
Ouve-se muito criticar a tolice e o delírio das religiões, mas raramente se refere a fragilidade intelectual da própria atitude ateísta que, com todo o respeito, é muito inconsistente.
Recusar Deus é uma crença como as outras. No fundo trata-se de ter fé na ausência divina. Mas esta crença considera-se a si mesma lógica e natural. A Antropologia e Sociologia sérias mostram o oposto: a religiosidade é o normal em todas as culturas e épocas.
O ateísmo é uma construção tardia e artificial de elites, sobretudo desde o Iluminismo. Mantido em ínfima minoria, agora está em clara decadência. Vendo-lhe a lógica interna, percebe-se porquê.

O agnosticismo, hoje variante dominante, justificar-se-ia se a existência de Deus fosse inconsequente e negligenciável. Mas ignorar a possibilidade de Deus é como desinteressar-se da existência do pai, benfeitor ou patrão, senhorio ou polícia. E se Ele aparece? Os verdadeiros agnósticos, com reais dúvidas, são poucos porque a maioria assume a resposta negativa implícita, vivendo um ateísmo disfarçado. O disfarce evita as dificuldades conceptuais e empíricas do ateísmo aberto, superiores a qualquer religião ou ideologia.

A dificuldade mais visível vem da existência da realidade. Porque há algo em vez de nada? Porque existe ordem, não caos? A resposta ateia era recusar a questão, porque o universo sempre existira assim, mas a teoria do Big Bang explodiu essa certeza e deu solidez científica ao facto da Criação.
Eu e o mundo, as coisas, pessoas e outros seres não existiam e passaram a existir. E existem de forma harmónica e coerente. A realidade é um infinito mosaico de minúcia e complexidade incompreensíveis. A ciência demonstrou que variações infinitesimais de parâmetros fundamentais, das forças do núcleo atómico à densidade do universo, torná-lo-iam impossível. Uma obra supõe um autor. Falar em leis da natureza apenas recua a questão para a origem dessas leis. Seria supina tolice supor um relógio surgindo perfeito das forças fortuitas da geologia e erosão. Um cérebro, muito mais complexo, quem o fez?
A resposta ateia tem de ser que o acaso de milhões de anos conduziu de uma explosão ao sorriso da minha filha. Ou o acaso é Deus, e o ateísmo nega-se, ou essa explicação é muito mais frágil que supor um Autor para a cosmos. Não tem certamente motivos científicos, ou até razoáveis, a recusa da hipótese plausível de um Criador inteligente. Muito inteligente.

Uma segunda dificuldade vem de dentro. Todos os humanos sentem em si uma ânsia de justiça e verdade, um sentido de bem e mal. Os actuais direitos universais apenas corporizam essa herança original e nela se justificam. Alguns valores são comuns, na enorme variedade de culturas e hábitos. Essa mesma variedade confirma que tal não pode vir de construções históricas e sociais, porque subjaz a todas.
A violação da lei moral apenas confirma a sua existência.
Muitos conseguem suprimir em si esta busca da justiça (embora a sintam quando vítimas), mas o trabalho que dá apagá-la revela a inscrição na própria identidade da raça. Uma lei implica um legislador. Como podem meros atómos de carbono, aglomerados em aminoácidos e evoluindo pela selecção natural, gritar que salário digno é valor universal?

O terceiro e pior obstáculo do ateísmo é a ausência de finalidade.
Para o ateu este universo, sem origem nem orientação, também não tem propósito. Bons e maus têm o mesmo destino vazio. Saber que vivemos num mundo que se dirige à morte e ao nada faz de nós os mais infelizes dos seres. Se Deus não existe não existem o bem, a moral, a própria razão. Esta crueldade ontológica é tão avassaladora que poucos que a afirmam a enfrentam com honestidade.

A fragilidade lógica do ateísmo é pouco relevante por ser um fenómeno elitista ocidental contemporâneo que, exportado à força pelo marxismo, está em extinção. A única questão interessante é saber porque coisas tão simples foram escondidas aos sábios e inteligentes e reveladas aos pequeninos.»

Pedro Cruz
*P.S. Voltaremos ao tema.

A festa do Corpo de Deus

Invocado pelo sacerdote, na liturgia eucarística, o Espírito Santo (cuja descida sobre os primeiros cristão celebrámos há dias) opera, de acordo com a doutrina Católica, a conversão substancial - a transubstanciação* - do pão e do vinho no Corpo e Sangue de Jesus.

Na Oração Eucarística, o sacerdote pronuncia as palavras de Jesus na Última Ceia, mas profere, também, a epiclese, «que é a invocação ao Pai para que faça descer o dom do Espírito, a fim de que o pão e o vinho se tornem o Corpo e o Sangue de Jesus Cristo», e para que «...a comunidade inteira se torne cada vez mais Corpo de Cristo».

Bento XVI Exortação Apostólica Sacramento da Caridade N. 13
.
Nós mesmos, que celebramos com fé a eucaristia, somos transformados pelo Espírito Santo, que faz da igreja um só corpo.

«O Espírito Santo insere na criação o princípio de uma mudança radical...» «um processo de transformação da realidade, cujo termo último é a transfiguração do mundo inteiro, até chegar àquela condição em que Deus seja tudo em todos (1Cor. 15, 28).»
Bento XVI Exortação Apostólica Sacramento da Caridade N. 11

Para uma melhor compreensão, nomeadamente histórica:
«Reflexões para uma Espiritualidade Eucarística»

Para o presente e o futuro:
«EUCARISTIA NA VIDA DA IGREJA»

A festa do Corpo de Deus terá tido origem em Juliana de Cornellon (mais tarde Santa Juliana), religiosa nascida em 1193 na actual Bélgica. Segundo alegou, teve visões da Virgem Maria que lhe ordenou a preparação de uma festa grandiosa, para honrar a presença real de Jesus na hóstia consagrada na Santíssima Eucaristia. O papa Urbano IV resolveu isntituir essa festa, estendendo-a à Igreja Universal através da bula «Transituru do Mundo», publicada em 11 de Agosto de 1264.
Pedro Cruz

P.S.* - A ideia da transubstanciação foi decretada como dogma pelo Papa Inocêncio III em 1215, durante o IV Concílio de Latrão em Roma. Em virtude do desacordo dos movimentos da Reforma, foi reafirmada como dogma no Concílio de Trento, em 1551, epígono da Contra-Reforma.
No Concílio de Constança, no ano 1414, o vinho foi negado aos fiéis, algo contraditoriamente com a literalidade das palavras de Jesus na última ceia. O Concílio Vaticano II e a resptectiva liturgia atenuaram esta proibição, que foi definitivamente abolida, em 2000, pelo papa João Paulo II, nas novas regras do Rito Romano.

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Hoje é o dia de São Ivo

patrono dos advogados.
Leia o interessante texto pulicado pelo Presidente do Conselho Distrital de Lisboa da Ordem dos Advogados acerca dele e de São Raimundo:
«RAIMUNDO E IVO - Santos da casa não fazem milagres»





Imagem no altar-mor da Igreja da Santíssima Trindade

Asunción - Paraguai

Folha Informativa - Dom. 18 de Maio de 2008

Domingo VII do Tempo Comum
Solenidade da Santíssima Trindade


Palavra do Pároco
Uma Família chamada Deus
Ao longo da história, o cristianismo foi acusado por muitos, erradamente, de se ter afastado do monoteísmo, ao professar no seu Credo que Deus é Trindade: um só Deus em três Pessoas distintas. De facto, a Igreja, anuncia que Deus é Família, um Mistério de Comunhão e de Amor sublimes, à imagem do qual todos nós fomos criados. Por isso trazemos em nós estampado o Rosto da Comunhão e do Amor; por isso, a Igreja é chamada a reflectir o rosto de Deus ao ser, simultaneamente, sinal de Unidade e de Comunhão no mundo de hoje.

Pensamento
No seio da Virgem Maria, uma nova humanidade floresceu. No seio de Maria, a Trindade Eterna suscitou esta nova criação de uma humanidade tão transparente a Deus que o verdadeiro Rosto de Deus pôde, enfim, manifestar-se nela.

Maurice Zundel
Meditação
Na Solenidade do Corpo de Deus
Ó Admirável Sacramento
Pasme o homem todo, estremeça a terra inteira, rejubile o céu em altas vozes quando, sobre o altar, estiver nas mãos do sacerdote o Cristo, Filho de Deus vivo!
Ó grandeza maravilhosa, ó admirável condescendência!
Ó humildade sublime, ó humilde sublimidade!
O Senhor do universo, Deus e Filho de Deus, se humilha a ponto de se esconder, para nosso bem, na modesta aparência do pão.
S. Francisco de Assis
Mês de Maio - Mês de Maria
Bento XVI

A minha saudação para todos vós neste mês de Maio, que tradicionalmente chama o povo cristão a multiplicar os seus gestos diários de veneração e imitação de Nossa Senhora.
Mostrai-vos agradecidos, não regateando a Deus o tempo que Lhe deveis. Rezai o terço todos os dias! Deixai a Virgem Mãe possuir o vosso coração: confiai-lhe tudo o que sois, tudo o que tendes! E Deus será tudo em todos.
Quarta-feira 07.05.2008
Ó Rosário Bendito de Maria
Ó Rosário bendito de Maria,
doce cadeia que nos prende a Deus,
vínculo de amor que nos une aos Anjos,
torre de salvação contra os assaltos do inferno,
porto seguro no naufrágio universal,
não te deixaremos jamais.
Serás o nosso conforto na hora da agonia.
Seja para ti o último beijo da vida que se apaga,
e a última palavra dos nossos lábios
há de ser o teu nome suave,
ó Rainha do Rosário (…)
João Paulo II

À mesa da Palavra
A Lectio Divina
Apraz-me mencionar a difusão da antiga prática da lectio divina, ou «leitura espiritual» da Sagrada Escritura. Ela consiste em permanecer prolongadamente sobre um texto bíblico, lendo-o e relendo-o, quase «ruminando-o», como dizem os Padres, e espremendo, por assim dizer, todo o seu «sumo», para que alimente como linfa a vida concreta. É condição da lectio divina que a mente e o coração sejam iluminados pelo Espírito Santo, isto é, pelo mesmo Inspirador das Escrituras, e para isto se coloquem em atitude de «religiosa escuta».
Bento XVI ( Angelus, 06.11.2005)
Notícias da nossa Paróquia
Dia de Corpo de Deus
Na próxima quinta – feira, dia da Solenidade do Corpo e Sangue de Cristo, teremos as missas em horário de Domingo, incluindo as missas vespertinas. Ao contrário do que foi escrito na última Folha Informativa, neste ano, a proposta de Adoração será um pouco diferente: após as missas das 11h00, em Algés, e das 12h15, em Miraflores, o Santíssimo ficará exposto em ambas as igrejas até às missas da tarde. Convidamos os grupos da Paróquia, as famílias e todos os cristãos a organizarem as suas vidas para passarem algum tempo de adoração e de louvor diante do Santíssimo Sacramento do Altar.

Conferência de Vasco Pinto Magalhães, S.J.
Na próxima quarta – feira, dia 21, às 21h30, na Igreja de Algés, o padre jesuíta Vasco Pinto Magalhães fará uma conferência subordinada ao tema: «Faz sentido acreditar na Ressurreição? Imortalidade – Reencarnação – Ressurreição». Esta iniciativa, organizada conjuntamente pelas Paróquias de Algés, Cruz Quebrada e Linda-a-Velha, pretende ajudar os cristãos das nossas paróquias a aprofundarem a sua fé em ordem aos desafios da Missão no mundo de hoje.

Dia 31 de Maio – Procissão de Velas
Como é habitual, no último dia do mês de Maio (este ano a um Sábado), vamos organizar a procissão de Velas pelas ruas da nossa Paróquia. O itinerário será brevemente divulgado. Reserve esta noite…

Dia 1 de Junho – Festa das Famílias
Na tarde do Domingo, dia 1 de Junho, a nossa paróquia vai organizar, pelo terceiro ano consecutivo, a Festa das Famílias no parque da Quinta de Santo António, em Miraflores. Trata-se de uma tarde de encontro festivo das Famílias residentes na Paróquia, que culminará com a missa campal.

Peregrinações ao Santuário de Fátima
Vamos encerrar o Ano Pastoral com a habitual peregrinação ao Santuário de Fátima, no próximo dia 28 de Junho, Sábado. Pedimos a todos os paroquianos e a todos os grupos paroquiais que organizem a sua vida no sentido de poderem participar neste momento festivo e orante da nossa Comunidade Paroquial. Com esta Peregrinação abrimos oficialmente, também, o Ano Paulino na nossa Paróquia.
No dia 10 de Junho, este ano, iremos também participar com as crianças da nossa Paróquia na peregrinação nacional das crianças a Fátima.

Peregrinação Paroquial à Terra Santa
Peregrinar à Terra Santa deveria ser uma meta de qualquer cristão, mesmo que isso obrigue a esforços suplementares. Seguir os passos de Jesus, de Belém a Jerusalém, rezar nos locais onde se realizaram os grandes acontecimentos da nossa Salvação, aprofundar os conhecimentos bíblicos, tudo isto faz com que as peregrinações à Terra Santa sejam peregrinações únicas entre todas as que possamos realizar. Nos dias 12 a 19 de Setembro, a nossa Paróquia vai em peregrinação à terra santa com o seu pároco. Organizemo-nos para nela podermos participar. Em breve serão dadas mais informações.

Esta Semana
18 – Lisboa – Mosteiro de S. Vicente de Fora – Dia da Igreja Diocesana
21 – Lisboa – Mosteiro de S. Vicente de Fora – Homenagem a D. António Ribeiro
22 – Solenidade do Corpo de Deus

Missionários da Oração
Sinal de Amor
Que a nossa vida, vivida na «graça de Nosso Senhor Jesus Cristo, no amor do Pai e na Comunhão do Espírito Santo», seja um sinal do amor de Deus para os nossos irmãos.

Leituras
19 ► L 1 Tg 3, 13-18; Sal 183; Ev Mc 9, 14-29
2ª Feira
20 ► L 1 Tg 4, 1-10; Sal 54; Ev Mc 9, 30-37
3ªFeira
21 ► L 1 Tg 4, 13-17; Sal 48; Ev Mc 9, 38-40
4ªFeira
22 ► Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo - Solenidade
5ª Feira L 1 Deut 8, 2-3.14b-16a; Sal 147; L 2 1 Cor 10, 16-17; Ev Jo 6, 51-58
23 ► L 1 Tg 5, 9-12.26; Sal 102; Ev Mc 10, 1-12
6ª Feira
24 ► L 1 Tg 5, 13-20; Sal 140; Ev Mc 10, 13-16
Sábado
25 ► Domingo VIII do Tempo Comum Domingo L 1 Is 49, 14-15; Sal 61; L 2 1 Cor 4, 1-5; Ev Mt 6, 24-34

domingo, 11 de maio de 2008





Folha Informativa - Dom. 11 de Maio de 20087

Domingo 11 de Maio de 2008
Domingo de Pentecostes


Palavra do Pároco
«Assim como o Pai me enviou, também Eu vos envio a vós: Recebei o Espírito Santo»
Pela a acção do Espírito de Deus em nós, a nossa missão de enviados surge do próprio Jesus. Cristo é Deus com o Pai e o Espírito. Sermos enviados por Ele significa sermos também um com Ele: pela intimidade de vida, confiança absoluta, amor verdadeiro e transparente. É este o decisivo horizonte da missão de cada um: ser santo, ser de Deus, pelo Espírito derramado em nossos corações.

Pe Nuno Coelho
Pensamento
O Espírito não gera vontade alguma que lhe resista; transforma, divinizando-a, só aquela que o quer.
S. Máximo
Meditação
O ESPÍRITO SANTO
O Espírito Santo é como cautério suave da alma, «porque como afirma Moisés no Deuteronómio: 'O Senhor nosso Deus, é um fogo devorador' (Dt 4, 24), isto é, um fogo de amor. Ele tem uma força infinita, podendo, de modo inefável, consumir e transformar em Si a alma que tocar. Porém, a cada um queima e consome conforme a encontra preparada: a umas mais, a outras menos; e fá-lo quanto, como e quando quiser.»
São João da Cruz

Destaque
FÁTIMA - 13 de MAIO
«Rezem o Terço todos os dias» -Nossa Senhora aos pastorinhos a 13 de Maio de 1917
«Todas as pessoas de boa vontade podem e devem, diariamente, rezar o seu Terço. E para quê? Para nos pormos em contacto com Deus, agradecer os seus benefícios e pedir-Lhe as graças de que temos necessidades. É a oração que nos leva ao encontro familiar com Deus, como o filho que vai ter com o seu pai para lhe agradecer os benefícios recebidos, tratar com ele os seus assuntos particulares, receber a sua orientação, a sua ajuda, o seu apoio e a sua bênção.
Irmã Lúcia
Mês de Maio - Mês de Maria
Cristo é o Mestre por excelência, o revelador e a revelação. Não se trata somente de aprender as coisas que Ele ensinou, mas de o aprender a Ele. Nisto, porém, qual mestra mais experimentada do que Maria? Se do lado de Deus é o Espírito, o Mestre interior, que nos conduz à verdade plena de Cristo, de entre os seres humanos, ninguém melhor do que Ela conhece Cristo, ninguém como a Mãe pode introduzir-nos no profundo conhecimento do seu mistério. (…) Percorrer com Ela as cenas do rosário é como frequentar a «escola» de Maria para ler Cristo, penetrar nos seus segredos, compreender a sua mensagem.
João Paulo II

SEMANA DA VIDA - 11 a 18 de MAIO
A Conferência Episcopal Portuguesa organiza, desde 1994, a Semana da Vida., que este ano será subordinada ao tema – «Vida com Esperança». Decorre do apelo lançado em 1991 por João Paulo II, na Encíclica O Evangelho da Vida sobre o valor e a inviolabilidade da vida humana, ao propor uma celebração que tenha como objectivo «suscitar nas consciências, nas famílias, na Igreja e na sociedade, o reconhecimento do sentido e valor da vida humana em todos os seus momentos e condições, concentrando a atenção de modo especial na gravidade do aborto e da eutanásia, sem contudo menosprezar os outros momentos e aspectos da vida…».

Bento XVI
A Igreja teve o seu início solene com a vinda do Espírito Santo. Nesse extraordinário acontecimento, podemos ver as suas características essenciais:
A Igreja é una, como a comunidade de Pentecostes, que estava unida na oração com «um só coração e uma só alma» (Actos 4, 32).
A Igreja é santa, não por seus méritos, mas porque, animada pelo Espírito Santo, tem o olhar fixo em Cristo, para viver conforme Ele e seu amor.
A Igreja é católica, porque o Evangelho está destinado a todos os povos e por esse motivo, já desde o início, o Espírito Santo faz com que fale todos os idiomas.
A Igreja é apostólica, já que - construída sobre o alicerce dos apóstolos - custodia fielmente seu ensinamento através da corrente ininterrupta da sucessão apostólica.
Além disso, a Igreja, por sua própria natureza, é missionária, e desde o dia de Pentecostes o Espírito Santo não deixa de conduzi-la aos caminhos do mundo, até os últimos confins da terra e até o final dos tempos.
Bento XVI, Regina Caeli 27/05/2007
À mesa da Palavra
A Igreja nasce da Palavra de Deus, cujo significado último é o próprio Verbo de Deus e o Verbo encarnado, Jesus Cristo. É a Palavra dos profetas, a Palavra dos apóstolos e, por fim, a Palavra escrita da Bíblia. A Igreja nasce dessa Palavra e, portanto, se renova, se regenera toda vez que retorna a essa Palavra. Em particular, a Palavra da Escritura está nas mãos da Igreja, a fim de que a Igreja recorra a ela amplamente, e a fim de que se renove nesse contacto. De fato, a Igreja, continuamente, se renova, bebendo da fonte da Palavra de Deus, assim como se renova nutrindo-se da Eucaristia.
Cardeal Carlo Maria Martini

Notícias:
«Lado a Lado», um novo conceito de apoio às Família, em Algés
Na próxima quinta – feira, dia 15, celebra-se o Dia Mundial da Família. No sentido de ajudar a reflectir sobre os desafios que se levantam hoje à Família, o Centro Comunitário Paroquial de Algés decidiu organizar uma «mesa redonda» onde serão abordados os seguintes temas:
As problemáticas da Família - Prof. Dra Maria José Lucena e Vale, da Associação Portuguesa de Famílias Numerosas;
- Economia Solidária – Prof. Dr. Rogério Roque Amaro – ISCTE;
- Intervenção Social dos Cristãos – Prof. Dra Maria do Rosário Carneiro.
O debate será moderado pelo jornalista Henrique Matos.
Neste evento será apresentada uma nova dinâmica de apoio às Famílias da responsabilidade do nosso Centro Social Paroquial: a «Lado a Lado».
Esta actividade vai decorrer nas instalações do Centro de Dia da Obra Social Madre Maria Clara, Rua Olivença 4, em Algés, com início às 16h30 e termo às 18h30.

► 24 horas de Adoração, para preparar a Festa do Corpo de Cristo
Como nos anos anteriores, vamos organizar 24 horas de Adoração na nossa Paróquia, entre as 8h00 de quarta-feira, dia 21 e as 8h00 de quinta – feira, dia 22. Os tempos de Adoração serão assegurados pelos vários grupos e serviços paroquiais.

► Concerto de Angariação de fundos para a nova Igreja
No próximo Domingo, dia 25, pelas 16h00, vai realizar-se no salão paroquial um concerto de angariação de fundos para a nova Igreja de Miraflores. Organizado pelo grupo Clássico Cantorum, orientado pelo maestro Cortês Medina, interpretarão canções clássicas e populares de vários países. A entrada é gratuita, mas será distribuído um envelope onde cada um é chamado a fazer o seu donativo em função da Nova Igreja.

Esta Semana
11 a 18 – Semana da Vida sobre «Viver com Esperança»
12 e 13 – Fátima – Peregrinação Internacional de Aniversário presidida pelo Cardeal
Saraiva Martins
15 – Dia Internacional das Famílias
18 – Aniversário da Assinatura da Concordata entre Portugal e a Santa Sé

Missionários da Oração
VEM, ESPÍRITO SANTO!
Vem, luz verdadeira,
Vem, mistério escondido.
Vem, tesouro sem nome.
Vem, felicidade interminável.
Vem, luz sem acaso.
Vem, alegria eterna.
Vem, púrpura do grande rei, nosso Deus.
Vem, Tu que és o Sol…
Vem, Tu que Te tornaste no meu desejo,
Tu que acendeste o meu desejo de Ti,
O absolutamente inacessível.
Vem, meu alento e minha vida.
Vem, consolação da minha pobre alma.
Vem, minha alegria, minha glória sem fim.
São Simão
Leituras
12 ► Beata Joana de Portugal - MF
2ª Feira L 1 Tg 1, 1-11; Sal 118; Ev Mc 8, 11-13
13 ► Nossa Senhora de Fátima - Festa
3ªFeira L 1 Is 61, 9-11; Sal 44; Ev Lc 11, 27-28
14 ► S. Matias, Apóstolo - Festa
4ªFeira L 1 Act 1, 15-17.20-26; Sal 112; Ev Jo 15, 9-17
15 ► L 1 Tg 2, 1-9; Sal 33; Ev Mc 8, 27-33
5ª Feira
16 ► L 1 Tg 2, 14-24.26; Sal 111; Ev Mc 8, 34-9,1
6ª Feira
17 ► L 1 Tg 3, 1-10; Sal 11; Ev Mc 9, 2-13
Sábado
18 ► Domingo VII do Tempo Comum – Santíssima Trindade - Solenidade
Domingo L 1 Ex 34, 4b-6.8-9; Sal Dan 3; L 2 2 Cor 13, 11-13; Ev Jo 3, 16-18

Subir aos céus

«A linguagem das transformações espirituais da existência não se lê nem se interpreta com um dicionário.


1.O biólogo Francisco José Ayala, membro da Academia Nacional da Ciência dos EUA, tem dedicado a sua vida ao estudo da evolução. Para ele, religião e ciência não são inimigas. Ao apresentar, em Espanha, o seu último livro (1), o jornal El Mundo fez-lhe algumas perguntas. As suas respostas interessam.
A primeira pergunta é daquelas que aparecem sempre nestas circunstâncias: será possível conciliar religião e ciência?
A resposta também já se tornou um lugar-comum entre os que não gostam de cultivar confusões: religião e ciência tratam de coisas distintas.
Perante o debate público, que irrompeu nos EUA em 1991, sobre o chamado "Desígnio Inteligente» (2), F. Ayala não se contenta em dizer que são coisas distintas. Para ele, os que propõem o "Desígnio Inteligente" são, precisamente, os que vão contra Deus porque procuram usar a ciência para demonstrar a sua existência. Além disso, se essa teoria estivesse certa, seria uma blasfémia. Implicaria que Deus é incompetente porque desenha mal as coisas e, por outro lado, é cruel, pois cria predadores.
Por exemplo, o nosso olho é mais deficiente do que o dos polvos. Será que Deus tem mais apreço pelos polvos do que pelos humanos?
Quando lhe perguntam se há cientistas crentes, responde que isso não é incompatível.
Um Deus pessoal, como nas religiões monoteístas, está presente em todos os indivíduos. Isso não significa que nos desenha, mas que nos inspira valores morais.
Há uma escola de teologia evolutiva que sustenta que a presença de Deus também evolui.
O entrevistador insiste: não terá a religião surgido como resposta a enigmas sem resposta que a ciência vai solucionando?
Para F. Ayala, a religião nasce de uma necessidade biológica dos humanos, pela consciência da existência e pela consciência de que vamos morrer.
Há uma inclinação para a angústia e isso leva ao enterro dos mortos e à necessidade de acreditar em algo transcendental, como Deus.
Nasce também como resposta aos enigmas da vida que se vão resolvendo e, sob esse aspecto, o papel da religião vai diminuindo.
A ciência, porém, não é solução para o problema existencial e é este que nos faz crer na vida do além.
A vida do além implica a existência de uma alma imortal?
Resposta do biólogo: a ciência não pode responder. Isso é algo espiritual e a ciência fala de processos naturais. Aliás, sobre a mente, sabemos que o cérebro existe, como comunicam os neurónios, mas não como se convertem esses sinais eléctricos em ideias e sentimentos, nem como chegamos a ter consciência pessoal. Não quero, por essa razão, fixar a ideia de alma na mente.
O entrevistador veio logo com uma resposta: a religião diz que a existência tem um sentido e a ciência diz que a evolução foi fruto de adaptações e mutações.
O biólogo acrescenta: sim, houve mutações. No entanto, a evolução não é fruto do azar, mas da selecção natural. Somos uma espécie entre milhões. Todavia, a ciência não nos diz para onde vamos.
A religião dá sentido à vida.

2. Se a religião dá sentido à vida, as expressões desse sentido serão plurais.
As religiões são diferentes.
Aqui, interessa-me destacar um dos aspectos que a convicção cristã assume neste Domingo da Ascensão de Cristo aos Céus. Se a abordagem da fé não é a da ciência, é de boa higiene mental partir do princípio de que não estamos a falar de um lugar nem das vias de acesso a esse espaço que pudesse ser observado e descrito por qualquer ciência ou técnica, como se Jesus fosse um dos precursores dos astronautas.
Basta de representações ridículas da fé.
Na pregação, na catequese e na teologia, temos de reflectir sobre a linguagem que a Bíblia e o Credo cristão usam.
As "leis" da linguagem simbólica, metafórica, parabólica, poética e narrativa existem para sugerir, dão que pensar, mas não obedecem a uma ligação circunscrita entre os significantes e os significados. Esse tipo de explicações mata a música da linguagem e não dá conta das transformações a que ela convida.
A linguagem das transformações espirituais da existência não se lê nem se interpreta com um dicionário.

3. A Ascensão é a linguagem da fuga à manipulação política de Cristo pelas Igrejas.
Jesus tinha vencido essas tentações, mas nunca estarão definitivamente resolvidas.
Os Actos dos Apóstolos, a primeira história da Igreja, começam por essas permanentes ambições dos discípulos: "Senhor, será agora que ides restaurar a realeza em Israel?" (Act 1, 6).
Cristo parece cansado com essa pergunta recorrente. Dissera tantas vezes que não veio ao Mundo para mandar, mas para servir a esperança e a transformação da vida e eles sempre na mesma... Agora, confessa que só o Espírito de Deus lhes poderá dar a volta e é o único dom que ele tem para a Igreja.
É também recorrente a pergunta: onde estarão as pessoas que amamos e morreram?
Não aconselho ninguém a ir ao cemitério. Creio que estão no coração de Deus, a casa definitiva de todos. Se me perguntam onde é e como é, atrevia-me a dizer que é tão grande como o amor de Deus, tão invisível e presente como Ele.
Não procuro outro Céu.»

Frei Bento Domingues O.P. – Público 04/05/2008

(1) Darwin y el Diseño Inteligente, Alianza, 2008.
(2) Sobre o debate sobre o «Desígnio Inteligente», cf. Francis S. Collins, A Linguagem de Deus, Lisboa, Presença, 2007

Folha Informativa - Dom. 4 de Maio de 2008

Domingo VII da Páscoa – Ascensão do Senhor

Palavra do Pároco
A Mãe, imagem de Deus
Nada nem ninguém espelha melhor para nós o Ser de Deus do que as nossas Mães. Elas são simultaneamente força e ternura, regaço que acolhe e braço que sustenta, cais seguro onde aportar e ponto de apoio no início da escalada… Sem elas, o mundo mergulharia num terrível eclipse de Deus, um lugar inóspito e inabitável.
Nas trevas da vida, as mães são como a suave luz do luar, prova viva de que, algures, o sol continua a brilhar e que não tardará o romper da aurora…
Eu te louvo, hoje, ó Deus, espelhado no rosto da minha mãe!

Pe Daniel Henriques
Pensamento
Mãe, basta um minuto para te dizer que te amo, mas não chega a minha vida inteira para agradecer-te o quanto fizeste por meu amor.
Autor desconhecido

Meditação
Um cristão…
Um cristão verdadeiro é uma pessoa estranha em todos os sentidos. Ele sente um amor supremo por Alguém que ele nunca viu; conversa familiarmente todos os dias com Alguém que não pode ver; espera ir para o céu pelos méritos de Outro; esvazia-se para que possa estar cheio; admite estar errado para que possa ser declarado certo; desce para que possa ir para o Alto; é mais forte quando ele é mais fraco; é mais rico quando é mais pobre; mais feliz quando se sente o pior. Ele morre para que possa viver; renuncia para que possa ter; doa para que possa manter; vê o invisível, ouve o inaudível e conhece o que excede todo o entendimento.
A.W. Tozer

A Oração
Orar é iluminar-se em Deus a fim de ser luz para os outros.Não basta dizer palavras, é preciso mergulhar no Coração de Deus.A oração é a ponte que nos liga a Deus e ao próximo.Mais ainda: a oração leva-nos a penetrar nos projectos de Deus,de modo que começamos a agir segundo os seus desígnios,
a querer e a amar o que é da vontade divina.Conhece felicidade maior do que essa?Pois «cada pessoa é um pensamento de Deus tornado visível».
Tarcila Tommasi

Destaque
Mês de Maio, mês de Maria
Devemos ser devotos de Nossa Senhora Por três motivos:
Deus quer, Ela merece, nós precisamos.
Deus quer. O Pai escolheu-a para filha bem-amada,
O Filho tomou-a por mãe;
O Espírito Santo, por esposa.
Ela merece. Merece-o pela torrente de bênçãos Que a inundou na terra,
Pela montanha de glória que tem no céu,
Por ser a nata e a flor de todos os santos.
Nós precisamos. Ela obtém-nos o perdão,
Alcança-nos a graça e conduz-nos à glória eterna.
S. António Maria Claret

Na Festa da Ascensão
Do céu desceu como a luz,
De Maria nasceu como um germe divino,
Da cruz caiu como um fruto,
Ao céu subiu como uma primícia.
Bendita seja a tua vontade!
Tu és a oferta do céu e da terra,
Ora imolado, ora adorado.
Desceste à terra para ser vítima,
Saíste como oferta única,
Saíste levando o teu sacrifício,
Ó Senhor!
S. Efrém

4 de Maio, dia da Mãe
Mãe,
Já muitos, antes de mim, quiseram definir-Te.
Eu não Te venho definir. Sei que és Mãe e me amas.
O amor é: não se define.
Não se analisa: sente-se e vive-se.

Também não venho dizer-Te palavras bonitas.
Já todas foram ditas e comercializadas
Para o Dia da Mãe, em todos os cromos.
Venho apenas sentar-me ao pé de Ti, para
Te ver, sentir e ouvir-Te.
…………
Fala, Mãe.
Uma palavra Tua vale por todos os versos
De todos os poetas à Mãe.
Fala, minha Mãe.
O melhor poema é eu saber que Tu és a minha Mãe.
Lopes Morgado

Domingo da Ascensão: Dia Mundial das Comunicações Sociais
Celebra-se este ano o 42º Dia Mundial das Comunicações Sociais, subordinado ao tema: «Os meios de comunicação social: na encruzilhada entre protagonismo e serviço. Buscar a verdade para partilhá-la». Na sua mensagem para este dia, Bento XVI considera que «é preciso evitar que os media se tornem no megafone do materialismo económico e do relativismo ético, verdadeiras pragas do nosso tempo». Alerta para o risco de se «transformarem em sistemas que visam submeter o homem a lógicas ditadas pelos interesses predominantes de momento» e defende a necessidade de uma «info-ética», nas comunicações sociais, para que «estas defendam ciosamente a pessoa e respeitem plenamente a sua dignidade

À mesa da Palavra
Símbolos Bíblicos da Palavra de Deus
O PÃO – A Palavra de Deus é o Pão que alimenta a nossa fome! (Dt 8,2-3)
O LIVRO – A Palavra de Deus é um Livro que Ele nos convida a comer! (Ez 2,8-3, 1-3)
A LUZ (farol e candeia) – A Palavra de Deus é Luz para os nossos caminhos! (Sl 119, 105); (Jo 8, 12)
A SEMENTE – A Palavra de Deus é a Semente lançada em nosso coração! (Mt 13, 3-9.18.23)
O FOGO – A Palavra de Deus é Fogo a aquecer-nos o coração! (Jr 20, 7-9); (Lc 12,49)
A CHUVA (água) – A Palavra de Deus é Chuva que fecunda o nosso coração! (Is 55, 10-11)
A ESPADA – A Palavra de Deus é uma Espada que atinge o íntimo do coração! (Heb 4, 12); (Ap 1,16); (Ef 6, 13-17)
A ROCHA – A Palavra de Deus é a Rocha onde assenta a nossa Fé! (Mt 7, 24-27); Ex 17,6)

Sabia que?
Portugal e os Portugueses é o título do livro lançado no passado dia 29 de Abril da autoria de D. Manuel Clemente, Bispo do Porto e Presidente da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais. Entre outros, aborda os temas do «Clericalismo e anti-clericalismo na cultura portuguesa», «O culto de Nossa Senhora: da fundação à restauração da nacionalidade», «Maria na devoção dos portugueses – uma devoção nacional?» e «O Cristianismo é uma realidade ribeirinha».
Tenhamos presente a Intenção geral do Santo Padre para Maio «Que os cristãos valorizem mais a literatura, a arte e os meios de comunicação social, para favorecer uma cultura que defenda e promova os valores da pessoa humana».

Notícias
- Vigília de Pentecostes
No próximo sábado, dia 10 de Maio, pelas 21h30, vamos celebrar na igreja paroquial a Vigília de Pentecostes. Nela terão uma participação especial as crianças que no dia seguinte festejarão a sua Profissão de Fé, bem como as suas famílias. Todos estamos convidados a participar.

- Oração do terço em Família
Convidamos as famílias da nossa Paróquia a inscreverem-se para orientar o terço em Algés (18h30) ou Miraflores (17h30) num dia à sua escolha.
Oração diária do terço na nossa Paróquia: Algés: 09h30 e 18h30; Miraflores: 17h30; Capela de Nossa Senhora do Cabo: 16h15.

- A nova Igreja de Miraflores
Continuam, a bom ritmo, as obras na nova Igreja. Neste momento, estão levantadas grande parte das paredes do edifício e já se delineiam as paredes das capelas mortuárias, garagem e salas de catequese. Grande parte da estrutura é em betão armado e de estrutura circular, o que a torna especialmente complexa.
Chegou a factura do segundo mês: mais de 80.000,00 €. Há que angariar rapidamente novos fundos, já que o nosso “pé-de-meia” está a escoar-se a um ritmo vertiginoso e em breve cairemos nas “mãos” do banco. No mês de Abril, os ofertórios do primeiro Domingo renderam 1.966,35 €, o jantar de angariação 640,00 € e um paroquiano ofereceu 1.500,00 €, o que perfaz 4.106,35 €.

Missionários da Oração
Dá-me Senhora…
Um pouco da Tua força para a minha fraqueza.Um pouco da Tua coragem para o meu desalento.Um pouco da Tua certeza para a minha dúvida.Um pouco do Teu sol para o meu Inverno.Um pouco do Teu rumo para o meu extravio.Um pouco da Tua chama para o meu gelo.Um pouco da Tua luminosidade para a minha noite.Um pouco da Tua alegria para a minha tristeza.Um pouco da Tua sabedoria para a minha ignorância.Um pouco do Teu amor para o meu egoísmo. Enfim, um pouco da Tua santidade para o meu pecado.
Autor desconhecido
Leituras
5 ► L 1 Act 19, 1-8; Sal 67; Ev Jo 16, 29-33
2ª Feira
6 ► L 1 ACT 20, 17-27; Sal 67; Ev Jo 17, 1-11a
3ªFeira
7 ► L 1 Act 20, 28-38; Sal 67; Ev Jo 17, 11b-19
4ªFeira
8 ► L 1 Act 22, 30:23, 6-11; Sal 15; Ev Jo 17, 20-26
5ª Feira
9 ► L 1 Act 25, 13b-21; Sal 102; Ev Jo 21, 15-19
6ª Feira
10 ► L 1 Act 28, 16-20; Sal 10; Ev Jo 21, 20-25
Sábado
11 ► Domingo de Pentecostes
Domingo L 1 Act 2, 1-11; Sal 103; L 2 1 Cor 12, 3b-7.12-13; Ev Jo 20, 19-23

quarta-feira, 30 de abril de 2008

Santa Catarina de Sena (Siena)

Ontem, dia 29 de Abril, a Igreja comemorou a festa de Santa Catarina de Sena, n. 25 de Março 1347, † 29 de Abril 1380.
Doutora da Igreja - assim o declarou o Papa Paulo VI, em 1970 -, foi, até hoje, a única leiga a merecer tal distinção.
Viveu numa das épocas mais perturbadas da história do Ocidente.
Nos fins do século XIV o mundo (Europa) sofreu a terrível peste negra, enquanto se libertava da época medieval.
Portugal preparava-se para passar pela crise dinástica de 1383-85.
A Península Itálica encontrava-se em ebulição, envolvida em graves disputas políticas à volta do papado.
Na Igreja, anunciando já as tensões que cem anos mais tarde culminariam na Reforma, a crise do papado prenunciava o cisma que se iniciaria em 1378, durando quase 40 anos e só resolvido no Concílio de Constança, iniciado em 1414.
De idiossincrasia contemplativa, Catarina nasceu numa grande família de Siena/Sena (com uma irmã gémea, que não sobreviveu, foi a mais nova de 24 irmãos) e envolveu-se nos mais delicados problemas da política e da religião do seu tempo.
Filha de um tintureiro, Giacomo di Benincasa e de sua mulher Lapa, tornou-se conselheira de Papas, sendo lida e escutada com admiração por teólogos e príncipes.
Com 15 anos ingressou na Ordem Terceira de São Domingos (Laicado de São Domingos), tendo passado a viver, em casa, em rigoroso ascetismo.
Relatou ter tido visões, a primeira das quais, aos seis anos, determinante para a sua futura heroicidade. Ficou estigmatizada (em 1375) e ouviu Cristo anunciar-lhe que passaria a trabalhar pela paz, mostrando a todos que uma mulher fraca pode envergonhar o orgulho dos fortes.
Em 1366, após uma nova visão, passou a dedicar-se aos doentes, condenados e moribundos - exercícios naturais no âmbto do apostolado da Ordem Terceira de São Domingos -, tendo sido especialmente abnegada por ocasião dos surtos da peste negra.
Foi responsável por varidadíssimas conversões.
A sua personalidade forte e fé ardente granjearam-lhe dedicados seguidores.
Numa altura em que a participação da mulher, ainda considerada objecto e ocasião de pecado, nã tinha qualquer relevância, na Igreja e socialmente, Catarina exerceu grande influência religiosa e mesmo política, na sociedade e na Igreja do seu tempo.
Revelando ser uma mulher empenhada social e politicamente, mostrou estar séculos à frente em relação aos padrões de sua época.
Inclusivamente, foi ouvida em consistório de cardeais, o que dificilmente poderia ocorrer nos dias de hoje.
Em 1377 convenceu o papa Gregório XI, então em Avignon, onde a Cúria se havia estabelecido (e afrancesado), a voltar a Roma, o que aconteceu, em Janeiro.
Este, porém, morre no ano seguinte, início de 1378, tendo sido eleito Papa, em Roma, Urbano VI. No mesmo ano, é eleito em Conclave o papa Clemente VII, que se estabelece em Avignon e acaba sendo excomungado e declarado o novo anticristo por Urbano VI.
É o Grande Cisma do Ocidente.
Santa Catarina tenta, com suas cartas, o reconhecimento da legitimidade do Papa Urbano VI por parte de governantes e cardeais europeus.
Irascível e sem dotes políticos, o Papa pede-lhe ajuda como conselheira, pedindo a sua presença em Roma, e ela vai.
Em 1380, sofre um derrame e morre dias depois, em 29 de Abril.
Sua cabeça está em Siena, onde se mantém sua casa, estando o seu corpo em Roma, na Igreja de Santa Maria Sopra Minerva, próximo do de Fra Angelico.
Um de seus seguidores (e confessor), Fra Raimundo de Cápua O.P., posteriormente Mestre da Ordem Dominicana, escreveu a biografia de Santa Catarina, que influenciou seu processo de canonização, a qual foi decretada pelo Papa Pio II em 1461.
Analfabeta (terá aprendido a ler no curto espaço de um extase, em 1371?), Catarina ditou mais de 400 cartas (Epistolário), de grande inspiração e fino recorte literário, dirigidas a diversas pessoas - Papas, Cardeais, Nobres, leigos e leigas - sobre diversos assuntos, mas boa parte delas lutando pela unificação da Igreja, a pacificação dos Estados Papais e o reconhecimento do papa Urbano VI.
Em 1378 ditou, também, em 5 dias (de extase), o Diálogo (ou Tratado) sobre a Divina Providência, acerca da vida espiritual do homem, sob a forma de colóquios entre o Pai Eterno e a alma humana (representada por ela própria).
Trata-se de um impressivo, admirável e admirado texto literário, testemunho da sua mística e que revela as suas ideias teológicas, de pertinência actual.

A respectiva estrutura asssenta em quatro pedidos que ela dirige a Deus:
1) - Para si: Adquirir o conhecimento da verdade;
2) - Para o mundo: Que Deus fizesse misericórdia ao mundo;
3) - Para a Santa Igreja: Que Deus viesse em Seu auxílio;
4) - Geral: Que a Divina Providência se estenda a todas as coisas.

A doutrina que resulta dos ensinamentos de Catarina de Sena assenta em dois pontos:
a) - conhece-te a ti mesmo, em Deus;
b) - combate a tua vontade própria (origem de todos os pecados) e entrega-te à de Deus.

De notar que a ideia de «conhece-te a ti mesmo» de Catarina de Sena não se esgota na introspecção e na análise psicológica (ciência naturalmente desconhecida no seu tempo), nem sequer no exame de consciência característico do cristianismo.
O conhecimento proposto por Catarina não é antropocêntrico. É, antes, relacional. E teologal.

O eu – a alma – deve conhecer-se em Deus, reconhecendo-se criatura, «como ser sustentado pela Causa Primeira». Na Graça.

Diante de Deus, o «eu» descobre que afinal é Nada, tomando consciência da sua fraqueza e dependência. O «não-ser» que só «é ser», por amor e bondade de Deus.
É por isso que a vontade própria, ao afastar este «não ser» da fonte do «ser», é a origem da ruptura, que constitui o pecado.
O homem só o é em plenitude se unido a Deus, fazendo a Sua vontade.
Para Freud e para a psicologia do n/ tempo, a cura do homem passa pela consciência de si, em ordem à recuperação de si mesmo através do próprio esforço (e/ou com o auxílio terapêutico de técnicos e/ou medicamentos) – numa perspectiva não tanto gnóstica, mas certamente racionalista.
Com os fantásticos mas ainda assim limitados recursos humanos, tenta-se exprimir o indizível, compreender o que está escondido, trabalhando o que só remotamente conseguimos controlar.
Para Catarina a consciência de si, o «conhece-te a ti mesmo, em Deus» vai muito mais longe. É, como referimos supra, um conhecimento teologal, um conhecimento em confronto e contraponto com Deus.

«A verdade é conhecida na luz da fé».
Tal conhecimento parte de um pressuposto de humildade, de renúncia de si.
A recuperação do homem passa pela entrega a Deus e pelo conhecimento e realização da Sua vontade e vocação.
Nos antípodas do desespero da experiência existencialista do século XX, em que o Homem se fecha em si, como uma ilha, num esforço de introspecção e de desconstrução, como que descascando uma cebola, que acaba no nihilismo, a salvação proposta por Catarina passa pela experiência existencial do ser, individual e característico, se encontrar e realizar unido a Deus e ao Universo. Cheio de Graça!
Trata-se da experiência fundamental em que o ser se reconhece existente pela vontade criadora de Deus, escutando e respondendo ao Seu chamamento, perseguindo e abrindo-se à comunhão com o mundo e com seu Criador.
Naturalmente, Catarina não se refere a um «eu» universal - o Homem criado à imagem e semelhança de Deus, com a aspiração de a Ele regressar -, desencarnado de uma realidade concreta.
O «conhece-te a ti mesmo, em Deus» de Catarina parte do singular de cada individuo para que este, com toda a sua força existencial característica, se dispa da respectiva vontade e entre, agora livre, numa experiência mística, em comunhão com Deus.
Nessa empresa estão todas as particularidades que o tornam único, singular e irrepetível. Que devem ser conhecidas e descobertas. Santa Teresa de Lisieux diria que estão em causa, até, as suas fraquezas. Principalmente estas.

Quem se conhece, conheça-se a si mesmo, como ser criado e chamado por Deus.
Ao conhecer-se e tomar consciência da sua incontornável fraqueza e dependência, partindo de um acto fundador de humildade, o «eu» reconhece os outros – aos pais, aos familiares, aos amigos, aos colegas, aos concidadãos, à pessoa que no outro lado do mundo produziu um objecto que nos satisfaz uma necessidade, à pessoa que num tempo passado criou uma obra que me beneficia ou delicia hoje – e a Deus – a quem deve a existência e as condições necessárias para a vida -, abrindo-se-lhes, deixando o seu egoísmo.

Catarina como que nos convida a preparar o caminho para, com Paulo, podermos dizer, «…já não sou eu quem vive, é Cristo que vive em mim.» Gálatas 2:20

Cristo é a vida abundante e esta vida está dentro de mim porque Cristo habita em mim!

Catarina morreu com 33 anos, a idade de Cristo.

Santa Catarina de Sena é a padroeira e inspiradora da congregação religiosa feminina – Irmãs Dominicanas de Sta. Catarina de Sena, fundada por Madre Teresa de Saldanha, e cujo processo de canonização está a decorrer.
Mais informações aqui

A história da nossa paróquia está ligada a tal congregação e, em particular, ao seu Colégio de São José, sito na Av. das Descobertas, bem perto de nós.
Nas suas instalações, muitas vezes gentilmente cedidas, a paróquia foi organizando, ao longo dos anos, variadíssimas actividades, desde festas de Natal, quando a nossa igreja era, ainda, provisória, até retiros de jovens (MEJ Shalom, Mensageiros da Vida), da Catequese e de outros organismos.
Várias religiosas dessa congregação colaboraram com a catequese da paróquia.
Pelo seu pioneirismo, visão, criatividade e dinamismo, importa reconhecer particularmente o trabalho da Ir. Francisca O.P., cuja entrega e dedicação à pastoral juvenil em Algés se prolongou no tempo e produziu frutos de longo alcance, pelos caminhos que abriu.
Algés contribuiu com uma vocação consagrada para as Irmãs Dominicanas de Sta. Catarina de Sena, a Ir. Rosarinho O.P.

Pedro Cruz

Folha Informativa - Dom. 27 de Abril de 2007

Domingo VI da Páscoa
Palavra do Pároco
«Prontos sempre a responder, a quem quer que seja, sobre a razão da vossa esperança» (1Ped 3, 15).
Faz parte do ser cristão de corpo inteiro ter aquele «formigueiro» na língua e no olhar que nos faz mostrar bem claro as consequências de vida da nossa fé.
Este evangelizar é próprio do acreditar.
No mundo de hoje, é visivelmente óbvia a necessidade de sabermos muito. Somos bombardeados por notícias, opiniões bem compostas a dizer do mesmo. Vivemos num ambiente cada vez mais hostil à Igreja, pelo menos pela indiferença.
É para desanimar, cruzar os braços ou duvidar?
Claro que não. É o tempo propício para sabermos mais sobre a nossa fé e sobre a Igreja. Onde? Com certeza não é na TV nem nos jornais.
Os nossos bispos já decidiram apontar a formação de adultos como a prioridade pastoral para a Igreja em Portugal.
Cabe a cada um de nós aproveitar as oportunidades oferecidas e dispor-se humildemente e de uma forma missionária a essa formação permanentemente indispensável.

Pensamento
O Pai envia o Filho e o Filho envia o Espírito Santo. Assim veio Deus até nós. Agora, em sentido inverso, chegamos nós ao Pai: o Espírito leva-nos ao Filho e o Filho leva-nos ao Pai.

Moelher
Meditação
NÃO ESQUEÇAS…
Reconhece, ó cristão, a tua dignidade. Uma vez constituído participante da natureza divina, não penses em voltar às antigas misérias com um comportamento indigno da tua geração. Lembra-te de que cabeça e de que corpo és membro. Não esqueças que foste libertado do poder das trevas e transferido para a luz do reino de Deus. Pelo sacramento do Baptismo, foste transformado em templo do Espírito Santo. Não queiras expulsar com as tuas más acções tão digno hóspede, nem voltar a submeter-te à escravidão do demónio. O preço do teu resgate é o Sangue de Cristo.
S. Leão Magno
Destaque
SANTA CATARINA DE SENA
Desde muito jovem
Esteve disponível e atenta à Tua presença,
Descobriu com coragem a liberdade,
Ouviu os teus gritos pela unidade e pela paz,
Fez-se porta-voz da tua vontade,
Reclamou a renovação da Igreja,
Lutou pela conversão
Dos seus contemporâneos.
Morreria aos trinta e três anos: a idade do seu Esposo.
Esta grande mulher, Tua filha,
Nos motive para a construção da unidade e da paz.
D. Carlos Azevedo
Bento XVI
OLHAR PARA O ALTO
Dirijamos, pois, nosso olhar para o alto! E com grande humildade e confiança peçamos ao Espírito que a cada dia nos torne capazes de crescer na santidade que nos fará pedras vivas do templo que Ele está levantando justamente agora no mundo. Se temos que ser autênticas forças de unidade, esforcemo-nos então em ser os primeiros a buscar uma reconciliação interior através da penitência! Perdoemos as ofensas padecidas e dominemos todo sentimento de raiva e de confronto! Esforcemo-nos em ser os primeiros a demonstrar a humildade e a pureza de coração necessárias para nos aproximar do esplendor da verdade de Deus! Em fidelidade ao depósito da fé confiado aos Apóstolos (cf. 1 Tm 6,20), esforcemo-nos em ser testemunhas alegres da força transformadora do Evangelho!
(da Homília na Catedral de S. Patrício – Nova York – 2008)

AOS JOVENS
Queridos amigos, a verdade não é uma imposição. Nem é simplesmente um conjunto de regras. É a descoberta de alguém, que nunca nos trai; de alguém no qual podemos sempre confiar. Ao procurar a verdade, chegamos a viver apoiados na fé porque, definitivamente, a verdade é uma pessoa: Jesus Cristo. É esta é a razão pela qual a autêntica liberdade não é uma escolha em «libertar-se de algo», mas uma decisão em «empenhar-se por», nada mais do que sair de si mesmo e deixar-se envolver no «ser pelos outros» em Cristo (Spe salvi, 28).
Por vezes, porém, somos tentados em fechar-nos sobre nós mesmos, duvidar da força do esplendor de Cristo, limitar o horizonte da esperança.
Amigos, não tenhais medo do silêncio e da quietude, escutai a Deus, adorai-O na Eucaristia! Deixai que a sua palavra modele o vosso caminho como crescimento da santidade.
Bento XVI aos jovens norte-americanos, 19/04/2008

À mesa da Palavra
Maria vive da palavra de Deus, é inundada pela palavra de Deus. E este «estar» imersa na palavra de Deus, este «ser» totalmente familiar com a palavra de Deus, dá-lhe também a luz interior da sabedoria.
Maria convida-nos a conhecer a palavra de Deus, a amar a palavra de Deus, a viver com a palavra de Deus, a pensar com a palavra de Deus. E podemos fazê-lo de diversíssimos modos: lendo a Sagrada Escritura, sobretudo participando na Liturgia, na qual no decurso do ano a Santa Igreja nos abre diante de nós toda a Sagrada Escritura. Abre-a para a nossa vida e torna-a presente na nossa vida.
Bento XVI, 15/08/2005

Sabia que
AS ROGAÇÕES também chamadas Litanias Menores é o Tempo Litúrgico (o último dos sete) em que a Igreja reza de forma especial pelos frutos da terra e do trabalho do homem. Em Portugal a Conferência Episcopal Portuguesa fixou-as na 5ªFeira da VI Semana da Páscoa – popularmente chamada Quinta-Feira de Espiga; este ano em 1 de Maio coincidindo com o Dia do Trabalhador.

Notícias
O Terço em Famílias e na Paróquia
O mês de Maio é o mês de Maria e um mês favorável à descoberta da beleza da oração do Terço em família. Como no ano passado, convidamos as famílias da nossa paróquia a organizarem-se para orientar o Terço em Algés, às 18h00 ou em Miraflores, às 17h30, num dos dias do mês de Maio. Para tal, basta que passem pela igreja onde se dispõem a presidir ao Terço e inscrevam o vosso nome num dos dias disponíveis.

Ofertório para a construção da nova Igreja de Miraflores
No próximo fim-de-semana, o primeiro do mês, todos os ofertórios das missas da Paróquia destinar-se-ão à construção da Igreja de Miraflores.
A factura deste mês foi de 84.038,68 € e em breve teremos de recorrer ao empréstimo bancário com juros muito elevados. Venha a contar com este ofertório, e seja generoso(a) na sua oferta.

A Associação das Famílias Anónimas
As reuniões de Famílias Anónimas são grupos de inter ajuda para familiares e amigos de toxicodependentes e outras dependências.
São um caminho para a recuperação dos nossos entes queridos, e a coisa mais importante nestas reuniões é a maneira como nos ajudamos uns aos outros através do amor e do interesse pelos problemas de cada um. Estas reuniões são realmente uma terapia de grupo.
Se conhece alguém que se debata com este problema diga-lhe que pode encontrar apoio nestas reuniões, que se realizam todas as terças feiras, às 19h30, na sala 4 da Paróquia.
Apareçam que isto resulta!
Cidalina
Esta Semana
28 – Dia Mundial da Segurança no Trabalho
1 – Dia do Trabalhador
4 – Dia Mundial das Comunicações Sociais
4 – Dia da MÃE

Missionários da Oração
PRECE
Espírito Santo,
Vem ao meu coração
E atrai-me a Ti pelo Teu poder;
Dá-me caridade e temor.
Cristo, livra-me de todo o mau pensamento
E aquece-me com teu ardentíssimo amor.
Meu Pai, santo e bondoso, meu Senhor,
Ajuda-me em todo o trabalho.
S. Catarina de Sena
Leituras
28 ► L 1 Act 16, 11-15; Sal 149; Ev Jo 15, 26-16,4a
2ª Feira
29 ► S. Catarina de Sena, virgem e doutora da Igreja - Festa
3ªFeira L 1 1 Jo 1, 5-2,2; Sal 102; Ev Mt 11, 25-30
30 ► L 1 Act 17, 15.22-18,1; Sal 148; Ev Jo 16, 12-15
4ªFeira
1 ► S. José Operário - MF / Rogações
5ª Feira L 1 Act 18, 1-8; Sal 97; Ev Jo 16, 16-20 ou Mt 13, 54-58 (próprio)
2 ► S. Atanásio, bispo e doutor da Igreja - MO
6ª Feira L 1 Act 18, 9-18; Sal 46; Ev Jo 16, 20-23a
3 ► S. Filipe e S. Tiago, Apóstolos - Festa
Sábado L 1 1 Cor 15, 1-8; Sal 18A; Ev Jo 14, 6-14
4 ► Domingo VII da Páscoa - Ascensão do Senhor - Solenidade
Domingo L 1 Act 1, 1-11; Sal 46; L 2 Ef 1, 17-23; Ev Mt 28, 16-20

Pode ler aqui (no blogue de apoio) a Folha Informativa - Dom. 20 de Abril de 2008, Domingo V da Páscoa

Pode ler aqui (no blogue de apoio) a Folha Informativa - Dom. 13 de Abril de 2008 Domingo IV da Páscoa

sábado, 5 de abril de 2008

Folha Informativa - Dom. 6 de Abril de 2008

Domingo III da Páscoa

Palavra do Pároco
Converter-se à Igreja
Aparentemente, este título parece conter uma imprecisão teológica. Não é Cristo o fim último da nossa conversão? Não é sempre a Ele que o nosso coração deve regressar?
Sem dúvida! No entanto, também há uma conversão à Igreja. Não nos podemos converter a Cristo – Cabeça se não nos convertemos a Cristo – Corpo; a nossa conversão terá de ser sempre ao Cristo – Total.
Converter-me à Igreja passa por este reencontro amoroso com Cristo na Sua Igreja. Amar a Igreja, a sua santidade mas também as chagas fétidas do seu pecado, sem ceder à tentação de me afastar dela com repugnância, aceitar ser conduzido por ela em vez de me auto – guiar, tornar-me uma presença humilde e fecunda no seio deste Rebanho, eis o que exige de nós um verdadeiro esforço de conversão quotidiano.
Pesa sobre nós uma enorme carga de individualismo na vivência da fé. Entregues a nós mesmos, vivemos a fé como algo privado, alienante, profundamente egoísta. É assim que surgem as aberrações e os crimes cometidos em nome das religiões.
Vivendo a fé em Igreja, sentimos alargar o nosso coração à comunhão com todos os irmãos na fé e com todos os homens e mulheres do mundo inteiro, filhos amados do mesmo Deus. Convertermo-nos à Igreja é convertermo-nos à comunhão, à partilha, à solidariedade.
Após o tempo quaresmal, que este seja também, para nós, um tempo radioso de conversão.

Pensamento
Tal como, no bom terreno, a semente dá fruto abundante, assim as vocações surgem e amadurecem generosamente na comunidade cristã.

João Paulo II
Meditação
A oração é Amor
Em qualquer tipo de oração,
Pura contemplação, simples olhar dirigido a Deus,
Meditação, reflexão, diálogo da alma com Deus,
Efusão da alma em Deus,
Orações vocais de qualquer espécie etc.,
Em todas estas espécies e em todas as outras,
O que nas orações sempre e sempre deve dominar é o amor.
Qualquer que seja o género destas orações
Tão diferentes, sejam mudas ou cantadas,
Quase sem pensamento ou com muita reflexão,
O que lhes dá valor é o amor com o qual são feitas.
Charles de Foucauld
Apaixonar-se por Deus
«Não há nada mais prático
do que encontrar Deus;
ou seja, apaixonar-se por Ele de um modo absoluto, até ao fim.

Aquilo pelo qual estás apaixonado
agarra a tua imaginação
e acaba por ir deixando a sua marca em tudo.
Determinará
o que te faz sair da cama cada manhã,
o que fazes com as tuas tardes,
como passas os teus fins-de-semana,
o que lês,
o que conheces,
o que te faz sentir o coração desfeito,
e o que te faz transbordar de alegria e gratidão.
Apaixona-te! Permanece no amor!
Tudo passará a ser diferente.»
Padre Arrupe - Jesuíta
Destaque
- Abril: mês das primeiras comunhões na nossa Paróquia
Depois de duas jovens, a Mila e a Fernanda, terem feito a sua Primeira Comunhão na passada Quinta-feira Santa, agora é a vez das crianças da catequese. Neste ano haverá cinco celebrações (três na missa das 11h00, em Algés, e duas na missa das 12h15, em Miraflores, tantas quantos os grupos do terceiro ano da catequese). Algumas destas crianças serão baptizadas nestas celebrações. Rezemos por elas e pelas suas famílias.

- 6 a 13 de Abril – XLV Semana de Oração pelas Vocações
Começamos hoje uma Semana de Oração pelas Vocações.
O mundo precisa de Apóstolos, de Profetas, de Evangelizadores.
Rezemos.
Numa acepção mais específica e pessoal, a vocação designa o chamamento diversificado que o Senhor dirige a cada um e o dom que lhe concede em ordem ao serviço do Povo de Deus, ao anúncio e testemunho do Evangelho, à santificação dos homens e à transformação do mundo.
Nesta perspectiva, falar-se-á das vocações específicas ao laicado, ao ministério ordenado, à vida consagrada religiosa ou laical e à actividade missionária.
Embora participem na mesma e única vocação universal e fundamental, nem todos têm os mesmos dons; nem todos desempenham na Igreja o mesmo ministério. Pode se ser imitador de Cristo de diversos modos; «não somente dando testemunho do reino escatológico de verdade e de amor, mas também aplicando-se na transformação de todas as realidades temporais segundo o Espírito do Evangelho» (João Paulo II, carta aos jovens, 1983, nº 3). Nesse sentido vai o apelo do Concílio Vaticano II para que os cristãos tomem consciência da participação universal de todos os baptizados na tríplice missão de Cristo - profética, sacerdotal e real - como também da vocação universal à santidade .
Na origem desta diversidade está um mesmo e único Espírito (1Cor. 12,4). Cada um recebe o dom do Espírito em vista ao bem de todos (1Cor. 12,8). Os diferentes dons e ministérios contribuem para «que cheguemos todos à unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, ao estado do homem perfeito, à medida da estrutura completa de Cristo» (Ef. 4,13)

Bento XVI
«Queridos jovens, se participardes frequentemente na celebração da Eucaristia, se tomardes um pouco do vosso tempo para a adoração do Santíssimo Sacramento, então, a Fonte de amor que é a Eucaristia, ser-vos-á dada a alegre determinação a consagrar a vossa vida ao seguimento do Evangelho.»
Papa Bento XVI, JMJ 2008
À mesa da Palavra
Palavra e Vida
A Palavra convoca, interpela, provoca. Ouvir a Palavra é deixar-se desafiar e perceber que esta é palavra para ser anunciada, é a Palavra de Vida e para a Vida. Por isso quem acolhe, ouve e medita a palavra naturalmente que se transforma em anunciador, em testemunha da Boa Nova da salvação. Este anúncio é então feito com a vida: com os gestos, olhares e atitudes. Tudo é iluminado pela Palavra, tudo é desafiado por ela, tudo se pode tornar instrumento para o seu anúncio. Somos os Peregrinos da Palavra, os viandantes que por onde quer que passem dizem no tempo, e com gestos concretos, o mistério amoroso deste Deus que é para nós Palavra de Vida Eterna.
Autor Desconhecido
Sabia que
João Batista de La Salle foi sacerdote e educador francês do século XVII. Nasceu em Reims a 30 de Abril de 1651 e faleceu em Rouen, a 7 de Abril de 1719. Natural de família nobre, estudou na Universidade de Reims e, depois, na Sorbonne, de Paris. Criou a Congregação dos Irmãos das Escolas Cristãs, também conhecidos por Irmãos Lassalistas - primeira congregação religiosa masculina constituída exclusivamente por religiosos leigos. La Salle contribuiu para o surgimento da civilização escolarizada, defendendo a obrigatoriedade do ensino também para a classe popular, possibilitando o acesso a ele pela gratuidade universal. Criou a Escola Normal, como ela é modernamente entendida, e escreveu textos orientados como o «Guia das Escolas» e «Meditações» para educadores cristãos.
Leão XIII canonizou-o em 1900. E Pio XII, em 1950, declarou-o Padroeiro Universal dos Professores.
Festa litúrgica: 7 de Abril.

Notícias
Esta Semana
11 – Lisboa - Igreja de S. Nicolau - Oração ao ritmo de Taizé com a presença do Irmão
David, da Comunidade Ecuménica de Taizé.
11 a 13 – Fátima –Peregrinação e Ultreia Europeia dos Cursilhos de Cristandade
13 – Dia Mundial de Oração pelas Vocações

Missionários da Oração
Dia após dia, meu Senhor,
Vou-te pedir três coisas:
ver-te mais claramente,
amar-te mais meigamente
e seguir-te mais fielmente
Dia após dia, dia após dia, Senhor...
Esteban Schwartz
Leituras
7 ► S. João Baptista de la Salle, presbítero - MO
2ª Feira L 1 Act 6, 8-15; Sal 118; Ev Jo 6, 22-29
8 ► L 1 Act 7, 51-8,1a; Sal 30; Ev Jo 6, 30-35
3ªFeira
9 ► L 1 Act 8, 1b-8; Sal 65; Ev Jo 6, 35-40
4ªFeira
10 ► L 1 Act 8, 26-40; Sal 65; Ev Jo 6, 44-51
5ª Feira
11 ► S. Estanislau, bispo e mártir - MO
6ª Feira L 1 Act 9, 1-20; Sal 116; Ev Jo 6, 52-59
12 ► L 1 Act 9, 31-42; Sal 115; Ev Jo 6, 60-69
Sábado
13 ► Domingo IV da Páscoa Domingo L 1 Act 2, 14a.36-41; Sal 22; L 2 1 Pedro 2, 20b-25; Ev Jo 10, 1-10

sábado, 29 de março de 2008

Como (nos) vêem...

... um círculo fechado, como um punho...
(a não perder)

Pedro Cruz

Folha Informativa - Dom. 30 de Março de 2008

Domingo II da Páscoa ou da Divina Misericórdia

Palavra do Pároco
«Os irmãos eram assíduos ao ensino dos Apóstolos, à comunhão fraterna, à fracção do pão e às orações»
Ser cristão é muito mais do que cumprir, e também não se confunde com o cumprir sempre. Mas é sinal de amor, de prioridade, às vezes até, de verdade, a forma perseverante e fiel com que participamos nos actos comunitários de oração e formação.

Pensamento
Uma só coisa é necessária: amar Jesus, seguir os Seus passos, apoiarmo-nos na Sua mão, viver a Sua vida.

Carlos de Foucauld
Meditação
Não permitas que alguém
Se aproxime de ti
E não parta melhor e mais contente.
Que a bondade de Deus
Brilhe no teu rosto e nos teus olhos,
No teu sorriso,
Na tua saudação.
As crianças, aos pobres,
A todos os que sofrem
No corpo ou no espírito,
Oferece sempre um gomo de alegria.
Não lhes dês os teus cuidados:
Dá-lhes só o teu coração.
Teresa de Calcutá

Destaque
«FELIZES OS QUE ACREDITAM SEM TEREM VISTO»
A fé não é uma certeza que vem do Ver e do Tocar, ela não é comprovação científica, mas Dom inefável de Deus, que vem através do Espírito Santo, concedido aos apóstolos e a toda a Igreja pelo próprio Ressuscitado.
Crer em Jesus é apostar a vida naquilo que Ele propôs, mesmo quando não se vêm resultados. Ele diz-nos que seremos felizes se acreditarmos. Mas igualmente nos convida a levar a outros essa capacidade de crer e viver o Evangelho.

ANUNCIAÇÃO DO SENHOR
«O anjo do Senhor anunciou a Maria e Ela concebeu do Espírito Santo». Maria concebeu o eterno Filho de Deus. «O Verbo fez-Se carne e habitou entre nós».
É este o grande mistério que meditamos cada dia durante o «Angelus»: Deus fez-Se homem no seio de Maria.
Deus fez-Se como nós em tudo excepto no pecado, para que pudéssemos ser como Deus. No momento em que Maria disse sim – «Faça-se em mim segundo a tua palavra» – Deus desceu à terra e a vida de todos os homens foi elevada. Nós, seres humanos, fomos aproximados a Deus por Deus que se aproximou a nós. Mas não apenas isto – fomos aproximados uns dos outros.
João Paulo II

CONVITE
Vamos, ressuscitados, colher flores!
Flores de giesta e tojo, oiro sem preço...
Vamos àquele cabeço
Engrinaldar a esperança!
Temos a primavera na lembrança;
Temos calor no corpo entorpecido;
Vamos! Depressa!
A vida recomeça!
A seiva acorda, nada está perdido!
Miguel Torga
À mesa da Palavra
O contacto com Cristo presente na Palavra de Deus fará com que te tornes progressivamente um com Ele.
Cada palavra e cada gesto de Jesus, imortalizados no Novo Testamento são expressão do mistério da Sua Presença. A tua tarefa consiste em aprenderes a escutá-la e a permitires que te envolva porque Se trata de uma Presença inefável que exige uma particular abertura de tal forma que, com o tempo, possa significar a tua total transformação, qualquer coisa que pode ser descrita como: transformação em Cristo.
Tadeusz Dajczer

Sabia que
TEMPO PASCAL
São os 50 dias ou 7 semanas que se prolongam desde o Domingo de Páscoa até à Solenidade de Pentecostes, como um único dia de alegria, «um grande Domingo».
É a Cinquentena do Aleluia, em contraposição com a Quarentena ou Quaresma preparatória.

Notícias
- Jantares de Angariação, em Miraflores
Iniciamos, já na próxima quinta – feira, mais uma iniciativa de angariação para a construção da nova igreja de Miraflores: os Jantares Dolce Vita. Por 15,00 € por pessoa (haverá um preço reduzido para as crianças) somos convidados a jantar em Comunidade na primeira quinta–feira de cada mês, às 20h30, no Centro Comercial Dolce Vita, em Miraflores. Será um tempo de convívio e de partilha onde haverá muitas surpresas.
As inscrições poderão ser feitas depois das missas dominicais, em Miraflores, ou durante a semana, em Algés.
Já estamos a receber as inscrições para a próxima quinta – feira, dia 3 de Abril.

- Ofertório para a Nova Igreja
Em todas as missas do próximo fim-de-semana, o primeiro do mês, os ofertórios serão para a nova Igreja de Miraflores.
A construção da estrutura da obra decorre a bom ritmo, dentro dos prazos previstos. A primeira factura (73,268,10 €) correspondente às obras do primeiro mês, já nos chegou e terá de ser paga nos próximos dias.

- Recordo que estão abertas as inscrições para a Peregrinação a Fátima no próximo dia 12 de Abril.

- Bolsa de Babysitting
O Centro Social e Paroquial de Cristo-Rei de Algés está a alargar as suas respostas sociais. Pretende criar uma bolsa de babysitters remunerada. Caso esteja interessado/a contacte: centro.paroquial.alges@net.novis.pt

- Concerto de Aniversário
Em pleno Tempo Pascal, o Coral de Cristo-Rei vai organizar um concerto comemorativo do seu aniversário, no próximo Domingo, dia 6 de Abril, no salão paroquial. Participa também, como grupo convidado, o Coral da Portugal Telecom. Todos somos convidados a participar.

- Conferência Vicarial sobre a Doutrina Social da Igreja
Na próxima quarta – feira, dia 2 de Abril, vai realizar-se a terceira e última conferência vicarial sobre a Doutrina Social da Igreja. O conferencista convidado é o Dr. João César das Neves e terá lugar na igreja de Paço de Arcos, com início às 21h30.

- Peregrinação ao Santuário de Lourdes
Para comemorar o 150º aniversário das aparições de Lourdes, as Paróquias de Cruz-Quebrada, Linda-a-velha e Algés estão a organizar uma peregrinação conjunta ao Santuário de Lurdes, nos próximos dias 1 a 5 de Maio. Quem desejar participar poderá inscrever-se, ou obter mais informações, nos serviços paroquiais.

Esta Semana
2 – 3º Aniversário da morte de João Paulo II
2 – Aniversário de ordenação episcopal de D. Carlos Azevedo
2 a 6 – Roma – Congresso Mundial sobre a Misericórdia
6 – Início da XLV Semana de oração pelas Vocações Consagradas

Missionários da Oração
CONSAGRAÇÃO DO MUNDO À DIVINA MISERICÓRDIA
Deus, Pai misericordioso
que revelaste o Teu amor no teu Filho Jesus Cristo
e o derramaste sobre nós no Espírito Santo,
Consolador, confiamos-Te hoje
o destino do mundo e de cada homem.
Inclina-Te sobre nós, pecadores.
Cura a nossa debilidade,
vence o mal,
faz com que todos os habitantes da terra
conheçam a Tua Misericórdia.
Para que em Ti, Deus Uno e Trino
encontrem sempre a esperança.
Pai eterno,
pela dolorosa Paixão e Ressurreição do Teu Filho
tem misericórdia de nós
e do mundo inteiro. Ámen!
João Paulo II (Cracóvia-Lagiewniki em 17.08.2002)

Leituras
31 ► Anunciação do Senhor – Solenidade (transferida)
2ª Feira L 1 Is 7, 10-14; 8,10; Sal 39; L 2 Hebr 10, 4-10; Ev Lc 1, 26-38
1 ► L 1 Act 4, 32-37; Sal 92; Ev Jo 3, 7b-15
3ªFeira
2 ► L 1 Act 5, 17-26; Sal 33; Ev Jo 3, 16-21
4ªFeira
3 ► L 1 Act 5, 27-33; Sal 33; Ev Jo 3, 31-36
5ª Feira
4 ► L 1 Act 5, 34-42; Sal 26; Ev Jo 6, 1-15
6ª Feira
5 ► L 1 Act 6, 1-7; Sal 32; Ev Jo 6, 16-21
Sábado
6 ► Domingo III da Páscoa Domingo L 1 Act 2, 14.22-33; Sal 15; L 2 1 Pedro 1, 17-21; Ev Lc 24, 13-35

Aleluia!


domingo, 16 de março de 2008

Domingo de Ramos



Giotto di Bondone (1267-1337), Cenas da Vida de Cristo: Entrada em Jerusalém, 1304-06,Fresco, 200 x 185 cm, Cappella Scrovegni (Arena Chapel), Pádua

«3. Por sinal, a mistura da religião e da política, de forma consciente ou inconsciente, vai percorrer a celebração da Semana Santa.
Mais ainda, Jesus ficou – contra a sua vontade e para sempre – com um título político-religioso colado ao seu nome.
O título Cristo vem do grego "Christos", que, por sua vez, é tradução do hebreu "Mashiah", que significa "ungido", sagrado (os reis judeus eram ungidos). "Messias" é a tradução portuguesa.
Dizer que Jesus é o Cristo ou o Messias é rigorosamente a mesma coisa. Mas de que messianismo se trata?
Na próxima semana, os cristãos (os "messiânicos") celebram o desfecho de todos os equívocos que acompanharam a intervenção pública de Jesus.
Começou por vencer as tentações messiânicas – tentações do casamento do poder económico, político e religioso – que ele interpretou como satânicas.
Visavam todas o poder de dominar a título de caminho de libertação.
Quem, depois, o passou a tentar foram aqueles que ele próprio escolhera para levar avante o seu projecto de mudar a mente e o coração dos seus contemporâneos.
Este programa subversivo está expresso nas "Bem-aventuranças" (Mt 5 e paralelos).
Jesus chamara-os para um projecto e eles sonhavam, continuamente, com outro.
De nada serviu uma reunião de urgência para desfazer todos os equívocos e convencer os Doze Apóstolos de que o Mestre não dispunha de "tachos', para ninguém, nem sequer para aqueles que oferecessem a vida por um mundo onde não houvesse nem dominadores nem dominados, mas apenas irmãos:
"Aquele que dentre vós quiser ser grande seja o vosso servidor, e aquele que quiser ser o primeiro dentre vós seja o servo de todos. Pois o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos" (Mc 10, 23-45).4.
Jesus tinha distinguido a política da religião, tinha manifestado, de forma radical, que o Templo e tudo o que andava à volta dele se tinha transformado num grande negócio, uma ofensa a Deus e aos pobres, uma traição aos profetas.
A entrada de Jesus em Jerusalém, celebrada hoje, Domingo de Ramos, é o paradigma de todas as ilusões que a próxima semana vai desfazer da forma mais cruel.
Aclamam-no como o novo rei David, o rei messiânico, a presença visível do braço de Deus que os salva da humilhante ocupação romana.
Não viram que a revolução de Jesus, expressa nas "Bem-aventuranças", é mais do que uma mudança de donos do povo.
Resultado: Jesus, aquele que queria reunir todos os filhos de Deus dispersos, vai ficar só, no completo abandono entre o céu e a terra. E entregue pelos sumos sacerdotes ao poder ocupante porque viam nele uma ameaça para a religião política do Templo e seus negócios; é denunciado pelos zelotas desesperados diante da insurreição que não acontece; é abandonado pela multidão e pelos discípulos decepcionados porque não vêem naquele galileu a presença vitoriosa de Deus, mas um vencido na cruz da maldição.
Restam algumas mulheres e alguns que pressentem que quem perde a vida, pela vida dos outros, inaugura, na própria morte, um mundo novo.
Apetece-me deixar, aqui, um fragmento de um poema de George Steiner:

"A morte não é dona das cidades,
Nem eterna a meia-noite
O coração é um subúrbio da esperança
Uma primeira pausa na fronteira."
.
Precisamos de trabalhar por um mundo sem fronteiras, pela reunião dos povos, pelo abandono da política das grandes potências presentes e futuras. Jesus, na cruz, rompeu com a última das fronteiras:
a morte.»

Frei Bento Domingues O.P., Público, 9/4/2006
.
Entretanto, talvez valha a pena ler este sinal dos tempos.

sábado, 23 de fevereiro de 2008


EL CANTO DEL PÁJARO
Um sacerdote espanhol fascinado pelo oriente (qual Francisco Xavier) e por tradições místicas não cristãs, coligiu neste interessante site pequenos contos ou parábolas.
Nas suas palavras:
«A todo el mundo le gustan los cuentos, y son precisamente cuentos -y en abundancia- lo que el lector hallará en este libro: cuentos budistas, cuentos cristianos, cuentos Zen, cuentos asideos, cuentos rusos, cuentos chinos, cuentos hindúes, cuentos Sufí, cuentos antiguos y modernos.»
Vale a pena.
Pedro Cruz

Folha Informativa - Domingo 17/02/2008

Domingo II da Quaresma

Palavra do Pároco
Saber saborear…
O ritmo da vida moderna atrofia algumas das nossas qualidades inatas, enquanto pessoas. Uma dessas qualidades é a capacidade de saborear. Saborear é, como fazem as crianças, deixar que um doce se derreta lentamente na boca, usufruindo cada segundo de prazer; é deixar-se embalar por algo que nos emociona e comove; é perder-se numa paisagem que nos deleita; é fechar os olhos e deixar-se conduzir por uma melodia que faz vibrar recantos desconhecidos da nossa alma.
Mas, como dizia, na voragem do tempo, o homem parece estar perder essa faculdade e, sem o saber, deixa de conseguir decifrar a linguagem de Deus.
Saborear a Deus: eis um belo propósito quaresmal. Saboreemos a sua presença amiga, perdendo-nos no imenso oceano do Seu Amor; fiquemos como dois apaixonados, onde já nem os gestos nem as palavras importam, pois a presença do Amado tudo preenche.

Pensamento
O silêncio é de todos os rumores o mais próximo da nascente

Eugénio de Andrade
Meditação
O verdadeiro Jejum
De que servirá fugir aos banquetes, se ocupamos com discórdias os nossos dias? De que servirá não comer do pão que nos cabe, se tirarmos a comida da boca do pobre? O jejum para o cristão deve preparar a paz e não as lutas. De que te serve não comer carne, se da tua boca se soltam injúrias piores do que qualquer tipo de alimento? De que te serve santificar o estômago com jejuns, se as mentiras te mancham a boca? Em verdade te digo, meu irmão, que não tens o direito de entrar na Igreja se continuas enredado e envolvido nas malhas mortais da usura voraz, que não tens o direito de invocar o teu Senhor se as tuas orações vêm do teu coração invejoso, que não tens o direito de bater no peito se nele se escondem os teus maus desejos. A moeda que deres ao pobre só será justa, quando fores pobre também.
S. Máximo de Turim
Destaque
Semana da Caritas: «Acolher a diversidade exige a educação do Olhar»
A Semana Caritas decorre, este ano, entre 17 e 24 de Fevereiro.
Sob o lema «Acolhe a diversidade abre portas à igualdade», pretende chamar a atenção para os idosos sem família e os menores abandonados, os ciganos e os sem abrigo, as pessoas com deficiência, os toxicodependentes e os doentes de sida, os trabalhadores migrantes, as situações dos desempregados jovens e longa duração, os refugiados e estudantes estrangeiros, os reclusos, etc. Nesse fim de semana decorrerá, igualmente, o habitual peditório de rua.
Abrir portas à igualdade na diversidade de olhares é o apelo que nos é feito pelo presidente da Caritas na sua mensagem deste ano. Saibamos corresponder.

Festa da Cadeira de S. Pedro, dia 22 de Fevereiro
«Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja;
e as portas do Inferno nunca prevalecerão contra ela
.»(Mt 16,18)
Celebrar a festa da Cátedra de S. Pedro é celebrar a missão do Santo Padre como sucessor do apóstolo São Pedro, a quem o Senhor entregou as chaves do Reino dos Céus e confiou a missão de confirmar na fé os seus irmãos. Desconhece-se a sua origem; uma inscrição datada de 370, atribuída ao papa São Dâmaso, fala de uma cadeira portátil, no Vaticano, e que era considerada como a “cátedra” do Apostolo Pedro. Dessa cadeira restam, hoje, algumas relíquias em madeira, na Basílica de S. Pedro.

Quaresma – Tempo de Conversão
«Rasgai o Vosso coração e não as vossas vestes», é o ensinamento de Jesus no Evangelho de S. Mateus.
Há muito egoísmo a vencer, muita superficialidade a colmatar, muita vaidade a corrigir, mas o primeiro campo da conversão é o regresso ao amor amado, à fidelidade interrompida, ao ideal desiludido.
Façamos em conjunto um caminho de regresso à liberdade e, quem sabe, talvez nesse regresso, encontremos a ternura de Deus.
D. José Policarpo (da homília de Quarta-feira de Cinzas)

A nova Igreja de Miraflores
Sobre a campanha da consignação de 0,5% do IRS à Associação Famílias para o III Milénio, nunca é de mais sublinhar o seguinte:
- O número 9 do anexo H, sobre o qual colocaremos a cruz e o NIPC da Associação vem na segunda folha do referido anexo. Assim, ao pedirem este anexo, deverão conferir se ele vem com as duas folhas.
- Quem pretende consignar este 0,5% a outra instituição, não deixe de averiguar primeiro se ela pode receber este benefício. De facto, tal implica sempre a abdicação da devolução do IVA e o pedido deferido por parte do Ministério das Finanças. Caso não preencham estes requisitos o 0,5% ficará para o Estado.
- Esta consignação não comporta absolutamente nenhum encargo acrescido ou qualquer outra implicação no IRS

Campanha dos 0,5%
NIPC da Associação Famílias para o III Milénio
505 504 073
Divulgue este número
Não deixe cair esta ideia


À mesa da Palavra
São Mateus, o evangelista deste ano litúrgico (5)
Mateus, o Evangelho da Igreja
Mateus é o único evangelista que utiliza o termo «Igreja». Antes da reforma litúrgica levada a cabo depois do Concílio Vaticano II, o seu Evangelho era praticamente o único a ser lido aos Domingos. Isto porque, ao apresentar-se dividido em grandes discursos ou catequeses, espelha uma Igreja bem organizada, com destaque para os sacramentos e a liturgia. De facto, Mateus já nos apresenta:
- A existência do Baptismo em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, como sacramento da entrada na Igreja (Mt 28,19);
- A Eucaristia, na instituição da ceia do Senhor (Mt 26, 26,29);
- O sacramento do perdão dos pecados (Mt 18 15,18);
- A autoridade de Pedro, ou função petrina, concedida para o governo da Igreja (Mt 16, 16-19);
- A liturgia, que assume especial importância nesta organização eclesial, sobretudo a oração (Mt 18, 19-20);
- O espírito do perdão, importante no que toca à relação entre os elementos da comunidade (Mt 18, 21-35);
- Os profetas e os escribas, o que, no Antigo Testamento, se dedicavam à Palavra de Deus, são também indispensáveis nesta Igreja (Mt 23, 34; ver 10, 40,41; 13,52).
Herculano Alves
Sabia que
- Nova Encíclica de Bento XVI
No próximo mês de Março o Papa Bento XVI publicará a sua terceira Encíclica, desta vez dirigida às questões sociais. Incidirá de forma particular sobre as consequências da globalização e a necessidade de um desenvolvimento sustentado.

- Serviço de Fisioterapia e Reabilitação
O Centro Social da nossa Paroquia tem a funcionar, há mais de um ano, um serviço de fisioterapia e reabilitação aberto a todas as pessoas que dele necessitem. Os tratamentos poderão ser realizados no domicílio ou nas instalações da Paróquia ao cimo da Av. dos Combatentes.

- Precisamos urgentemente de mais cantores
É urgente que novas vozes masculinas e femininas se juntem aos coros existentes na nossa Paróquia. Resista à tentação de ficar no seu «canto», achando que isto é para os outros. Contacte o coro a que gostaria de fazer parte e peça mais informações.

Notícias
Esta Semana
22 – Dia de Baden Powell, fundador do Escutismo
22 – 1º Aniversário da Exortação Apostólica «Sacramentum Caritatis»
24 – Lisboa – Sé – Catequese Quaresmal de D. José Policarpo sobre «A Fé e a escuta
da Palavra de Deus »
.
24 – Dia Nacional da Caritas

Missionários da Oração
No Monte da Contemplação
Senhor, nós Te seguimos, passo a passo,
Sem saber bem para onde Tu nos queres conduzir.
Temos confiança na Tua Palavra,
E temos confiança que, no monte, Tu te mostrarás,
Assim como Te mostraste, no monte, a Pedro, Tiago e João,
Como Te mostraste no monte a Moisés,
Como Te mostraste no monte Calvário.
Concede-nos a graça e a perseverança
De subir o mesmo monte, sem fadigas,
Dando cada passo na certeza
De que foi atraído pelo Teu amor,
Pela Tua verdade.(…)
Cardeal Martini
Leituras
18 ► L 1 Dan 9, 4b-10; Sal 78; Ev Lc 6, 36-38
2ª Feira
19 ► L 1 Is 1, 10.16-20; Sal 49; Ev Mt 23, 1-12
3ªFeira
20 ► L 1 Jer 18, 18-20; Sal 30; Ev Mt 20, 17-28
4ªFeira
21 ► L 1 Jer 17, 5-10; Sal 1; Ev Lc 16, 19-31
5ªFeira
22 ► Cadeira de S. Pedro, Apóstolo - Festa
6ª Feira L 1 Pedro 5, 1-4; Sal 22; Ev Mt 16, 13-19
23 ► L 1 Miq 7, 14-15.18-20; Sal 102; Ev. Lc 15, 1-3.11-32
Sábado .
24 ► Domingo III da Quaresma
Domingo L 1 Ex 17, 3-7; Sal 94; L 2 Rom 5, 1-2.5-8; Ev Jo 4, 5-15.19b-26.39ª.40- 42