quarta-feira, 30 de abril de 2008

Santa Catarina de Sena (Siena)

Ontem, dia 29 de Abril, a Igreja comemorou a festa de Santa Catarina de Sena, n. 25 de Março 1347, † 29 de Abril 1380.
Doutora da Igreja - assim o declarou o Papa Paulo VI, em 1970 -, foi, até hoje, a única leiga a merecer tal distinção.
Viveu numa das épocas mais perturbadas da história do Ocidente.
Nos fins do século XIV o mundo (Europa) sofreu a terrível peste negra, enquanto se libertava da época medieval.
Portugal preparava-se para passar pela crise dinástica de 1383-85.
A Península Itálica encontrava-se em ebulição, envolvida em graves disputas políticas à volta do papado.
Na Igreja, anunciando já as tensões que cem anos mais tarde culminariam na Reforma, a crise do papado prenunciava o cisma que se iniciaria em 1378, durando quase 40 anos e só resolvido no Concílio de Constança, iniciado em 1414.
De idiossincrasia contemplativa, Catarina nasceu numa grande família de Siena/Sena (com uma irmã gémea, que não sobreviveu, foi a mais nova de 24 irmãos) e envolveu-se nos mais delicados problemas da política e da religião do seu tempo.
Filha de um tintureiro, Giacomo di Benincasa e de sua mulher Lapa, tornou-se conselheira de Papas, sendo lida e escutada com admiração por teólogos e príncipes.
Com 15 anos ingressou na Ordem Terceira de São Domingos (Laicado de São Domingos), tendo passado a viver, em casa, em rigoroso ascetismo.
Relatou ter tido visões, a primeira das quais, aos seis anos, determinante para a sua futura heroicidade. Ficou estigmatizada (em 1375) e ouviu Cristo anunciar-lhe que passaria a trabalhar pela paz, mostrando a todos que uma mulher fraca pode envergonhar o orgulho dos fortes.
Em 1366, após uma nova visão, passou a dedicar-se aos doentes, condenados e moribundos - exercícios naturais no âmbto do apostolado da Ordem Terceira de São Domingos -, tendo sido especialmente abnegada por ocasião dos surtos da peste negra.
Foi responsável por varidadíssimas conversões.
A sua personalidade forte e fé ardente granjearam-lhe dedicados seguidores.
Numa altura em que a participação da mulher, ainda considerada objecto e ocasião de pecado, nã tinha qualquer relevância, na Igreja e socialmente, Catarina exerceu grande influência religiosa e mesmo política, na sociedade e na Igreja do seu tempo.
Revelando ser uma mulher empenhada social e politicamente, mostrou estar séculos à frente em relação aos padrões de sua época.
Inclusivamente, foi ouvida em consistório de cardeais, o que dificilmente poderia ocorrer nos dias de hoje.
Em 1377 convenceu o papa Gregório XI, então em Avignon, onde a Cúria se havia estabelecido (e afrancesado), a voltar a Roma, o que aconteceu, em Janeiro.
Este, porém, morre no ano seguinte, início de 1378, tendo sido eleito Papa, em Roma, Urbano VI. No mesmo ano, é eleito em Conclave o papa Clemente VII, que se estabelece em Avignon e acaba sendo excomungado e declarado o novo anticristo por Urbano VI.
É o Grande Cisma do Ocidente.
Santa Catarina tenta, com suas cartas, o reconhecimento da legitimidade do Papa Urbano VI por parte de governantes e cardeais europeus.
Irascível e sem dotes políticos, o Papa pede-lhe ajuda como conselheira, pedindo a sua presença em Roma, e ela vai.
Em 1380, sofre um derrame e morre dias depois, em 29 de Abril.
Sua cabeça está em Siena, onde se mantém sua casa, estando o seu corpo em Roma, na Igreja de Santa Maria Sopra Minerva, próximo do de Fra Angelico.
Um de seus seguidores (e confessor), Fra Raimundo de Cápua O.P., posteriormente Mestre da Ordem Dominicana, escreveu a biografia de Santa Catarina, que influenciou seu processo de canonização, a qual foi decretada pelo Papa Pio II em 1461.
Analfabeta (terá aprendido a ler no curto espaço de um extase, em 1371?), Catarina ditou mais de 400 cartas (Epistolário), de grande inspiração e fino recorte literário, dirigidas a diversas pessoas - Papas, Cardeais, Nobres, leigos e leigas - sobre diversos assuntos, mas boa parte delas lutando pela unificação da Igreja, a pacificação dos Estados Papais e o reconhecimento do papa Urbano VI.
Em 1378 ditou, também, em 5 dias (de extase), o Diálogo (ou Tratado) sobre a Divina Providência, acerca da vida espiritual do homem, sob a forma de colóquios entre o Pai Eterno e a alma humana (representada por ela própria).
Trata-se de um impressivo, admirável e admirado texto literário, testemunho da sua mística e que revela as suas ideias teológicas, de pertinência actual.

A respectiva estrutura asssenta em quatro pedidos que ela dirige a Deus:
1) - Para si: Adquirir o conhecimento da verdade;
2) - Para o mundo: Que Deus fizesse misericórdia ao mundo;
3) - Para a Santa Igreja: Que Deus viesse em Seu auxílio;
4) - Geral: Que a Divina Providência se estenda a todas as coisas.

A doutrina que resulta dos ensinamentos de Catarina de Sena assenta em dois pontos:
a) - conhece-te a ti mesmo, em Deus;
b) - combate a tua vontade própria (origem de todos os pecados) e entrega-te à de Deus.

De notar que a ideia de «conhece-te a ti mesmo» de Catarina de Sena não se esgota na introspecção e na análise psicológica (ciência naturalmente desconhecida no seu tempo), nem sequer no exame de consciência característico do cristianismo.
O conhecimento proposto por Catarina não é antropocêntrico. É, antes, relacional. E teologal.

O eu – a alma – deve conhecer-se em Deus, reconhecendo-se criatura, «como ser sustentado pela Causa Primeira». Na Graça.

Diante de Deus, o «eu» descobre que afinal é Nada, tomando consciência da sua fraqueza e dependência. O «não-ser» que só «é ser», por amor e bondade de Deus.
É por isso que a vontade própria, ao afastar este «não ser» da fonte do «ser», é a origem da ruptura, que constitui o pecado.
O homem só o é em plenitude se unido a Deus, fazendo a Sua vontade.
Para Freud e para a psicologia do n/ tempo, a cura do homem passa pela consciência de si, em ordem à recuperação de si mesmo através do próprio esforço (e/ou com o auxílio terapêutico de técnicos e/ou medicamentos) – numa perspectiva não tanto gnóstica, mas certamente racionalista.
Com os fantásticos mas ainda assim limitados recursos humanos, tenta-se exprimir o indizível, compreender o que está escondido, trabalhando o que só remotamente conseguimos controlar.
Para Catarina a consciência de si, o «conhece-te a ti mesmo, em Deus» vai muito mais longe. É, como referimos supra, um conhecimento teologal, um conhecimento em confronto e contraponto com Deus.

«A verdade é conhecida na luz da fé».
Tal conhecimento parte de um pressuposto de humildade, de renúncia de si.
A recuperação do homem passa pela entrega a Deus e pelo conhecimento e realização da Sua vontade e vocação.
Nos antípodas do desespero da experiência existencialista do século XX, em que o Homem se fecha em si, como uma ilha, num esforço de introspecção e de desconstrução, como que descascando uma cebola, que acaba no nihilismo, a salvação proposta por Catarina passa pela experiência existencial do ser, individual e característico, se encontrar e realizar unido a Deus e ao Universo. Cheio de Graça!
Trata-se da experiência fundamental em que o ser se reconhece existente pela vontade criadora de Deus, escutando e respondendo ao Seu chamamento, perseguindo e abrindo-se à comunhão com o mundo e com seu Criador.
Naturalmente, Catarina não se refere a um «eu» universal - o Homem criado à imagem e semelhança de Deus, com a aspiração de a Ele regressar -, desencarnado de uma realidade concreta.
O «conhece-te a ti mesmo, em Deus» de Catarina parte do singular de cada individuo para que este, com toda a sua força existencial característica, se dispa da respectiva vontade e entre, agora livre, numa experiência mística, em comunhão com Deus.
Nessa empresa estão todas as particularidades que o tornam único, singular e irrepetível. Que devem ser conhecidas e descobertas. Santa Teresa de Lisieux diria que estão em causa, até, as suas fraquezas. Principalmente estas.

Quem se conhece, conheça-se a si mesmo, como ser criado e chamado por Deus.
Ao conhecer-se e tomar consciência da sua incontornável fraqueza e dependência, partindo de um acto fundador de humildade, o «eu» reconhece os outros – aos pais, aos familiares, aos amigos, aos colegas, aos concidadãos, à pessoa que no outro lado do mundo produziu um objecto que nos satisfaz uma necessidade, à pessoa que num tempo passado criou uma obra que me beneficia ou delicia hoje – e a Deus – a quem deve a existência e as condições necessárias para a vida -, abrindo-se-lhes, deixando o seu egoísmo.

Catarina como que nos convida a preparar o caminho para, com Paulo, podermos dizer, «…já não sou eu quem vive, é Cristo que vive em mim.» Gálatas 2:20

Cristo é a vida abundante e esta vida está dentro de mim porque Cristo habita em mim!

Catarina morreu com 33 anos, a idade de Cristo.

Santa Catarina de Sena é a padroeira e inspiradora da congregação religiosa feminina – Irmãs Dominicanas de Sta. Catarina de Sena, fundada por Madre Teresa de Saldanha, e cujo processo de canonização está a decorrer.
Mais informações aqui

A história da nossa paróquia está ligada a tal congregação e, em particular, ao seu Colégio de São José, sito na Av. das Descobertas, bem perto de nós.
Nas suas instalações, muitas vezes gentilmente cedidas, a paróquia foi organizando, ao longo dos anos, variadíssimas actividades, desde festas de Natal, quando a nossa igreja era, ainda, provisória, até retiros de jovens (MEJ Shalom, Mensageiros da Vida), da Catequese e de outros organismos.
Várias religiosas dessa congregação colaboraram com a catequese da paróquia.
Pelo seu pioneirismo, visão, criatividade e dinamismo, importa reconhecer particularmente o trabalho da Ir. Francisca O.P., cuja entrega e dedicação à pastoral juvenil em Algés se prolongou no tempo e produziu frutos de longo alcance, pelos caminhos que abriu.
Algés contribuiu com uma vocação consagrada para as Irmãs Dominicanas de Sta. Catarina de Sena, a Ir. Rosarinho O.P.

Pedro Cruz

Folha Informativa - Dom. 27 de Abril de 2007

Domingo VI da Páscoa
Palavra do Pároco
«Prontos sempre a responder, a quem quer que seja, sobre a razão da vossa esperança» (1Ped 3, 15).
Faz parte do ser cristão de corpo inteiro ter aquele «formigueiro» na língua e no olhar que nos faz mostrar bem claro as consequências de vida da nossa fé.
Este evangelizar é próprio do acreditar.
No mundo de hoje, é visivelmente óbvia a necessidade de sabermos muito. Somos bombardeados por notícias, opiniões bem compostas a dizer do mesmo. Vivemos num ambiente cada vez mais hostil à Igreja, pelo menos pela indiferença.
É para desanimar, cruzar os braços ou duvidar?
Claro que não. É o tempo propício para sabermos mais sobre a nossa fé e sobre a Igreja. Onde? Com certeza não é na TV nem nos jornais.
Os nossos bispos já decidiram apontar a formação de adultos como a prioridade pastoral para a Igreja em Portugal.
Cabe a cada um de nós aproveitar as oportunidades oferecidas e dispor-se humildemente e de uma forma missionária a essa formação permanentemente indispensável.

Pensamento
O Pai envia o Filho e o Filho envia o Espírito Santo. Assim veio Deus até nós. Agora, em sentido inverso, chegamos nós ao Pai: o Espírito leva-nos ao Filho e o Filho leva-nos ao Pai.

Moelher
Meditação
NÃO ESQUEÇAS…
Reconhece, ó cristão, a tua dignidade. Uma vez constituído participante da natureza divina, não penses em voltar às antigas misérias com um comportamento indigno da tua geração. Lembra-te de que cabeça e de que corpo és membro. Não esqueças que foste libertado do poder das trevas e transferido para a luz do reino de Deus. Pelo sacramento do Baptismo, foste transformado em templo do Espírito Santo. Não queiras expulsar com as tuas más acções tão digno hóspede, nem voltar a submeter-te à escravidão do demónio. O preço do teu resgate é o Sangue de Cristo.
S. Leão Magno
Destaque
SANTA CATARINA DE SENA
Desde muito jovem
Esteve disponível e atenta à Tua presença,
Descobriu com coragem a liberdade,
Ouviu os teus gritos pela unidade e pela paz,
Fez-se porta-voz da tua vontade,
Reclamou a renovação da Igreja,
Lutou pela conversão
Dos seus contemporâneos.
Morreria aos trinta e três anos: a idade do seu Esposo.
Esta grande mulher, Tua filha,
Nos motive para a construção da unidade e da paz.
D. Carlos Azevedo
Bento XVI
OLHAR PARA O ALTO
Dirijamos, pois, nosso olhar para o alto! E com grande humildade e confiança peçamos ao Espírito que a cada dia nos torne capazes de crescer na santidade que nos fará pedras vivas do templo que Ele está levantando justamente agora no mundo. Se temos que ser autênticas forças de unidade, esforcemo-nos então em ser os primeiros a buscar uma reconciliação interior através da penitência! Perdoemos as ofensas padecidas e dominemos todo sentimento de raiva e de confronto! Esforcemo-nos em ser os primeiros a demonstrar a humildade e a pureza de coração necessárias para nos aproximar do esplendor da verdade de Deus! Em fidelidade ao depósito da fé confiado aos Apóstolos (cf. 1 Tm 6,20), esforcemo-nos em ser testemunhas alegres da força transformadora do Evangelho!
(da Homília na Catedral de S. Patrício – Nova York – 2008)

AOS JOVENS
Queridos amigos, a verdade não é uma imposição. Nem é simplesmente um conjunto de regras. É a descoberta de alguém, que nunca nos trai; de alguém no qual podemos sempre confiar. Ao procurar a verdade, chegamos a viver apoiados na fé porque, definitivamente, a verdade é uma pessoa: Jesus Cristo. É esta é a razão pela qual a autêntica liberdade não é uma escolha em «libertar-se de algo», mas uma decisão em «empenhar-se por», nada mais do que sair de si mesmo e deixar-se envolver no «ser pelos outros» em Cristo (Spe salvi, 28).
Por vezes, porém, somos tentados em fechar-nos sobre nós mesmos, duvidar da força do esplendor de Cristo, limitar o horizonte da esperança.
Amigos, não tenhais medo do silêncio e da quietude, escutai a Deus, adorai-O na Eucaristia! Deixai que a sua palavra modele o vosso caminho como crescimento da santidade.
Bento XVI aos jovens norte-americanos, 19/04/2008

À mesa da Palavra
Maria vive da palavra de Deus, é inundada pela palavra de Deus. E este «estar» imersa na palavra de Deus, este «ser» totalmente familiar com a palavra de Deus, dá-lhe também a luz interior da sabedoria.
Maria convida-nos a conhecer a palavra de Deus, a amar a palavra de Deus, a viver com a palavra de Deus, a pensar com a palavra de Deus. E podemos fazê-lo de diversíssimos modos: lendo a Sagrada Escritura, sobretudo participando na Liturgia, na qual no decurso do ano a Santa Igreja nos abre diante de nós toda a Sagrada Escritura. Abre-a para a nossa vida e torna-a presente na nossa vida.
Bento XVI, 15/08/2005

Sabia que
AS ROGAÇÕES também chamadas Litanias Menores é o Tempo Litúrgico (o último dos sete) em que a Igreja reza de forma especial pelos frutos da terra e do trabalho do homem. Em Portugal a Conferência Episcopal Portuguesa fixou-as na 5ªFeira da VI Semana da Páscoa – popularmente chamada Quinta-Feira de Espiga; este ano em 1 de Maio coincidindo com o Dia do Trabalhador.

Notícias
O Terço em Famílias e na Paróquia
O mês de Maio é o mês de Maria e um mês favorável à descoberta da beleza da oração do Terço em família. Como no ano passado, convidamos as famílias da nossa paróquia a organizarem-se para orientar o Terço em Algés, às 18h00 ou em Miraflores, às 17h30, num dos dias do mês de Maio. Para tal, basta que passem pela igreja onde se dispõem a presidir ao Terço e inscrevam o vosso nome num dos dias disponíveis.

Ofertório para a construção da nova Igreja de Miraflores
No próximo fim-de-semana, o primeiro do mês, todos os ofertórios das missas da Paróquia destinar-se-ão à construção da Igreja de Miraflores.
A factura deste mês foi de 84.038,68 € e em breve teremos de recorrer ao empréstimo bancário com juros muito elevados. Venha a contar com este ofertório, e seja generoso(a) na sua oferta.

A Associação das Famílias Anónimas
As reuniões de Famílias Anónimas são grupos de inter ajuda para familiares e amigos de toxicodependentes e outras dependências.
São um caminho para a recuperação dos nossos entes queridos, e a coisa mais importante nestas reuniões é a maneira como nos ajudamos uns aos outros através do amor e do interesse pelos problemas de cada um. Estas reuniões são realmente uma terapia de grupo.
Se conhece alguém que se debata com este problema diga-lhe que pode encontrar apoio nestas reuniões, que se realizam todas as terças feiras, às 19h30, na sala 4 da Paróquia.
Apareçam que isto resulta!
Cidalina
Esta Semana
28 – Dia Mundial da Segurança no Trabalho
1 – Dia do Trabalhador
4 – Dia Mundial das Comunicações Sociais
4 – Dia da MÃE

Missionários da Oração
PRECE
Espírito Santo,
Vem ao meu coração
E atrai-me a Ti pelo Teu poder;
Dá-me caridade e temor.
Cristo, livra-me de todo o mau pensamento
E aquece-me com teu ardentíssimo amor.
Meu Pai, santo e bondoso, meu Senhor,
Ajuda-me em todo o trabalho.
S. Catarina de Sena
Leituras
28 ► L 1 Act 16, 11-15; Sal 149; Ev Jo 15, 26-16,4a
2ª Feira
29 ► S. Catarina de Sena, virgem e doutora da Igreja - Festa
3ªFeira L 1 1 Jo 1, 5-2,2; Sal 102; Ev Mt 11, 25-30
30 ► L 1 Act 17, 15.22-18,1; Sal 148; Ev Jo 16, 12-15
4ªFeira
1 ► S. José Operário - MF / Rogações
5ª Feira L 1 Act 18, 1-8; Sal 97; Ev Jo 16, 16-20 ou Mt 13, 54-58 (próprio)
2 ► S. Atanásio, bispo e doutor da Igreja - MO
6ª Feira L 1 Act 18, 9-18; Sal 46; Ev Jo 16, 20-23a
3 ► S. Filipe e S. Tiago, Apóstolos - Festa
Sábado L 1 1 Cor 15, 1-8; Sal 18A; Ev Jo 14, 6-14
4 ► Domingo VII da Páscoa - Ascensão do Senhor - Solenidade
Domingo L 1 Act 1, 1-11; Sal 46; L 2 Ef 1, 17-23; Ev Mt 28, 16-20

Pode ler aqui (no blogue de apoio) a Folha Informativa - Dom. 20 de Abril de 2008, Domingo V da Páscoa

Pode ler aqui (no blogue de apoio) a Folha Informativa - Dom. 13 de Abril de 2008 Domingo IV da Páscoa

sábado, 5 de abril de 2008

Folha Informativa - Dom. 6 de Abril de 2008

Domingo III da Páscoa

Palavra do Pároco
Converter-se à Igreja
Aparentemente, este título parece conter uma imprecisão teológica. Não é Cristo o fim último da nossa conversão? Não é sempre a Ele que o nosso coração deve regressar?
Sem dúvida! No entanto, também há uma conversão à Igreja. Não nos podemos converter a Cristo – Cabeça se não nos convertemos a Cristo – Corpo; a nossa conversão terá de ser sempre ao Cristo – Total.
Converter-me à Igreja passa por este reencontro amoroso com Cristo na Sua Igreja. Amar a Igreja, a sua santidade mas também as chagas fétidas do seu pecado, sem ceder à tentação de me afastar dela com repugnância, aceitar ser conduzido por ela em vez de me auto – guiar, tornar-me uma presença humilde e fecunda no seio deste Rebanho, eis o que exige de nós um verdadeiro esforço de conversão quotidiano.
Pesa sobre nós uma enorme carga de individualismo na vivência da fé. Entregues a nós mesmos, vivemos a fé como algo privado, alienante, profundamente egoísta. É assim que surgem as aberrações e os crimes cometidos em nome das religiões.
Vivendo a fé em Igreja, sentimos alargar o nosso coração à comunhão com todos os irmãos na fé e com todos os homens e mulheres do mundo inteiro, filhos amados do mesmo Deus. Convertermo-nos à Igreja é convertermo-nos à comunhão, à partilha, à solidariedade.
Após o tempo quaresmal, que este seja também, para nós, um tempo radioso de conversão.

Pensamento
Tal como, no bom terreno, a semente dá fruto abundante, assim as vocações surgem e amadurecem generosamente na comunidade cristã.

João Paulo II
Meditação
A oração é Amor
Em qualquer tipo de oração,
Pura contemplação, simples olhar dirigido a Deus,
Meditação, reflexão, diálogo da alma com Deus,
Efusão da alma em Deus,
Orações vocais de qualquer espécie etc.,
Em todas estas espécies e em todas as outras,
O que nas orações sempre e sempre deve dominar é o amor.
Qualquer que seja o género destas orações
Tão diferentes, sejam mudas ou cantadas,
Quase sem pensamento ou com muita reflexão,
O que lhes dá valor é o amor com o qual são feitas.
Charles de Foucauld
Apaixonar-se por Deus
«Não há nada mais prático
do que encontrar Deus;
ou seja, apaixonar-se por Ele de um modo absoluto, até ao fim.

Aquilo pelo qual estás apaixonado
agarra a tua imaginação
e acaba por ir deixando a sua marca em tudo.
Determinará
o que te faz sair da cama cada manhã,
o que fazes com as tuas tardes,
como passas os teus fins-de-semana,
o que lês,
o que conheces,
o que te faz sentir o coração desfeito,
e o que te faz transbordar de alegria e gratidão.
Apaixona-te! Permanece no amor!
Tudo passará a ser diferente.»
Padre Arrupe - Jesuíta
Destaque
- Abril: mês das primeiras comunhões na nossa Paróquia
Depois de duas jovens, a Mila e a Fernanda, terem feito a sua Primeira Comunhão na passada Quinta-feira Santa, agora é a vez das crianças da catequese. Neste ano haverá cinco celebrações (três na missa das 11h00, em Algés, e duas na missa das 12h15, em Miraflores, tantas quantos os grupos do terceiro ano da catequese). Algumas destas crianças serão baptizadas nestas celebrações. Rezemos por elas e pelas suas famílias.

- 6 a 13 de Abril – XLV Semana de Oração pelas Vocações
Começamos hoje uma Semana de Oração pelas Vocações.
O mundo precisa de Apóstolos, de Profetas, de Evangelizadores.
Rezemos.
Numa acepção mais específica e pessoal, a vocação designa o chamamento diversificado que o Senhor dirige a cada um e o dom que lhe concede em ordem ao serviço do Povo de Deus, ao anúncio e testemunho do Evangelho, à santificação dos homens e à transformação do mundo.
Nesta perspectiva, falar-se-á das vocações específicas ao laicado, ao ministério ordenado, à vida consagrada religiosa ou laical e à actividade missionária.
Embora participem na mesma e única vocação universal e fundamental, nem todos têm os mesmos dons; nem todos desempenham na Igreja o mesmo ministério. Pode se ser imitador de Cristo de diversos modos; «não somente dando testemunho do reino escatológico de verdade e de amor, mas também aplicando-se na transformação de todas as realidades temporais segundo o Espírito do Evangelho» (João Paulo II, carta aos jovens, 1983, nº 3). Nesse sentido vai o apelo do Concílio Vaticano II para que os cristãos tomem consciência da participação universal de todos os baptizados na tríplice missão de Cristo - profética, sacerdotal e real - como também da vocação universal à santidade .
Na origem desta diversidade está um mesmo e único Espírito (1Cor. 12,4). Cada um recebe o dom do Espírito em vista ao bem de todos (1Cor. 12,8). Os diferentes dons e ministérios contribuem para «que cheguemos todos à unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, ao estado do homem perfeito, à medida da estrutura completa de Cristo» (Ef. 4,13)

Bento XVI
«Queridos jovens, se participardes frequentemente na celebração da Eucaristia, se tomardes um pouco do vosso tempo para a adoração do Santíssimo Sacramento, então, a Fonte de amor que é a Eucaristia, ser-vos-á dada a alegre determinação a consagrar a vossa vida ao seguimento do Evangelho.»
Papa Bento XVI, JMJ 2008
À mesa da Palavra
Palavra e Vida
A Palavra convoca, interpela, provoca. Ouvir a Palavra é deixar-se desafiar e perceber que esta é palavra para ser anunciada, é a Palavra de Vida e para a Vida. Por isso quem acolhe, ouve e medita a palavra naturalmente que se transforma em anunciador, em testemunha da Boa Nova da salvação. Este anúncio é então feito com a vida: com os gestos, olhares e atitudes. Tudo é iluminado pela Palavra, tudo é desafiado por ela, tudo se pode tornar instrumento para o seu anúncio. Somos os Peregrinos da Palavra, os viandantes que por onde quer que passem dizem no tempo, e com gestos concretos, o mistério amoroso deste Deus que é para nós Palavra de Vida Eterna.
Autor Desconhecido
Sabia que
João Batista de La Salle foi sacerdote e educador francês do século XVII. Nasceu em Reims a 30 de Abril de 1651 e faleceu em Rouen, a 7 de Abril de 1719. Natural de família nobre, estudou na Universidade de Reims e, depois, na Sorbonne, de Paris. Criou a Congregação dos Irmãos das Escolas Cristãs, também conhecidos por Irmãos Lassalistas - primeira congregação religiosa masculina constituída exclusivamente por religiosos leigos. La Salle contribuiu para o surgimento da civilização escolarizada, defendendo a obrigatoriedade do ensino também para a classe popular, possibilitando o acesso a ele pela gratuidade universal. Criou a Escola Normal, como ela é modernamente entendida, e escreveu textos orientados como o «Guia das Escolas» e «Meditações» para educadores cristãos.
Leão XIII canonizou-o em 1900. E Pio XII, em 1950, declarou-o Padroeiro Universal dos Professores.
Festa litúrgica: 7 de Abril.

Notícias
Esta Semana
11 – Lisboa - Igreja de S. Nicolau - Oração ao ritmo de Taizé com a presença do Irmão
David, da Comunidade Ecuménica de Taizé.
11 a 13 – Fátima –Peregrinação e Ultreia Europeia dos Cursilhos de Cristandade
13 – Dia Mundial de Oração pelas Vocações

Missionários da Oração
Dia após dia, meu Senhor,
Vou-te pedir três coisas:
ver-te mais claramente,
amar-te mais meigamente
e seguir-te mais fielmente
Dia após dia, dia após dia, Senhor...
Esteban Schwartz
Leituras
7 ► S. João Baptista de la Salle, presbítero - MO
2ª Feira L 1 Act 6, 8-15; Sal 118; Ev Jo 6, 22-29
8 ► L 1 Act 7, 51-8,1a; Sal 30; Ev Jo 6, 30-35
3ªFeira
9 ► L 1 Act 8, 1b-8; Sal 65; Ev Jo 6, 35-40
4ªFeira
10 ► L 1 Act 8, 26-40; Sal 65; Ev Jo 6, 44-51
5ª Feira
11 ► S. Estanislau, bispo e mártir - MO
6ª Feira L 1 Act 9, 1-20; Sal 116; Ev Jo 6, 52-59
12 ► L 1 Act 9, 31-42; Sal 115; Ev Jo 6, 60-69
Sábado
13 ► Domingo IV da Páscoa Domingo L 1 Act 2, 14a.36-41; Sal 22; L 2 1 Pedro 2, 20b-25; Ev Jo 10, 1-10