Paróquia de Cristo-Rei de Algés - Miraflores

O Blogue

sábado, 20 de março de 2010

Folha Informativa n.185 de 28/2/2010

Descarregue-a aqui.

Folha Informativa n.183 de 21/3/2010



Pode descarregá-la aqui.

Mensagem Quaresmal do senhor Cardeal Patriarca de Lisboa

«MENSAGEM DE QUARESMA DO CARDEAL-PATRIARCA DE LISBOA
ACOLHER O PAPA É ACEITAR O DESAFIO DA REDENÇÃO

Irmãos e Irmãs,
Aproxima-se a Quaresma. É um tempo litúrgico que nos propõe, no realismo do presente
da nossa vida, a radicalidade da Redenção. Celebremos a Páscoa, não apenas como uma
rotina adquirida, mas como um assumir, com verdade e generosidade, aquela “passagem”,
aquela mudança na nossa vida, que nos permita sentir a alegria da vida nova que começa na
ressurreição de Cristo, aquela luz que aponta novos caminhos e dá à nossa vida um sentido
novo. Em cada Páscoa devemos sentir que a morte de Cristo não foi em vão, que ela
continua a ser a fonte abundante donde jorra a água que fecunda e transforma, capaz de
mudar o coração do homem e o tornar digno da vida eterna.
Com esta Mensagem, pretendo, como Patriarca de Lisboa, dinamizar os cristãos da nossa
Diocese, a aceitarem o realismo e a actualidade da redenção, a abrirem os seus corações à
misteriosa fecundidade da Cruz de Cristo, que levou o amor por nós ao extremo de sacrificar
a sua própria vida. Com esta Mensagem, não pretendo substituir ou relativizar aquela que o
Santo Padre Bento XVI, para a Quaresma deste ano, dirigiu a toda a Igreja; pretendo, apenas,
situar, na realidade actual da nossa Igreja diocesana, a palavra que o Papa dirige a toda a
Igreja. Assim perceberemos melhor que a Páscoa é uma festa de toda a Igreja, e que a
“passagem” que ela nos sugere é desafio para toda a comunidade humana.
Não posso esquecer que nos preparamos para receber a visita pastoral de Sua Santidade
Bento XVI à nossa diocese, no próximo dia 11 de Maio. A Quaresma será, também, um
tempo forte de preparação dessa visita. Para que ela seja, para os cristãos de Lisboa, um
momento de graça, ela tem de significar um reencontro de cada um de nós com Nosso
Senhor Jesus Cristo, com a Sua Páscoa libertadora.
1. O Santo Padre centrou a sua Mensagem no fruto precioso da redenção, que é a justiça.
Cristo é o Justo, diante de Deus e diante dos homens, e mereceu, na sua morte, poder tornarnos
justos, segundo a linguagem de São Paulo, ser justificados. Só em Cristo o homem se
torna completamente justo, ele que pagou um preço pesado à injustiça, porque deixou o
pecado endurecer o seu coração, isto é, manchar a sua inteligência e a sua liberdade. Esta
visão sobre a verdadeira justiça significou uma revolução no pensamento acerca dos
caminhos da justiça. Não basta mudar as leis, corrigir desequilíbrios sociais; é preciso mudar
o coração do homem. Este não pode limitar-se a esperar que lhe seja feita justiça; tem de
aceitar uma mudança interior para que os novos caminhos da justiça sejam os novos
caminhos da liberdade. E, para os cristãos, o caminho desta mudança interior, está
claramente indicado: participar na Páscoa de Cristo, acreditando n’Ele e na sua ressurreição.
“A justiça de Deus manifestou-se mediante a fé em Jesus Cristo” (cf. Rom. 3,21-22), porque
“o justo viverá da fé”, porque nele a justiça de Deus revela-se na fé (cf. Rom. 1,17). Essa
conversão interior do homem a que São Paulo chama justiça, só pode ser fruto do amor. O
amor é a força que realiza a justiça. O Santo Padre termina assim a sua Mensagem: No
Tríduo Pascal “celebraremos a justiça divina, que é plenitude de caridade, de dom, de
salvação. Que este tempo penitencial seja para cada cristão tempo de autêntica conversão e
de conhecimento intenso do mistério de Cristo, que veio para realizar a justiça”.
A justiça, obra do Espírito de Deus em nós, à qual nos abrimos pela fé, coincide com a
santidade. Esta é a plenitude da justiça, porque nos torna semelhantes a Deus e participantes
da sua vida de amor. Desejamos muito que a proposta da santidade seja o grande desafio que
nos lança a visita do Santo Padre.
Santidade e Missão
2. Escolhemos para lema da visita do Papa a Lisboa “Santidade e Missão”. A santidade é
exigência da nossa identificação com Cristo e dinamismo mobilizador para a missão. A
santidade começa na fé profunda e sincera, exprime-se na caridade, torna-nos família de
Deus. Só ela cria em nós o desejo e a força para a missão, para anunciar o Senhor, para viver
de tal forma que sejamos a inauguração do Reino de Deus no meio do mundo. Só o ardor e a
inquietação do amor nos mobiliza para a missão. Só a caridade cria em nós a urgência do
Reino de Deus, ajudando a instaurar a justiça na cidade dos homens. Sem essa motivação da
caridade a missão só é programa, porventura estratégia, mas não é aquele fogo devorador
que o próprio Senhor sentiu. “Eu vim lançar o fogo à terra e só desejo que ela se
incendeie” (Lc. 12,49).
Foi esse ardor da caridade, que leva a perceber a vida como um dom, que fez partir
missionários para longes terras para anunciarem essa descoberta inaudita da fé que nos salva;
é esse fogo da caridade que ajudará os cristãos a serem, no meio do mundo tão repassado de
injustiças e tão carente de amor, testemunhas da verdadeira justiça, expressão de um amor
radicado na verdade; é essa força da fé que dá coragem aos esposos para serem fiéis, no seu
amor, ao amor com que Cristo nos amou; é esse desejo de testemunhar a fé que leva hoje,
tantos homens e mulheres, jovens e adultos, a não cederem ao espírito do mundo e a serem,
na Igreja, obreiros da evangelização.
3. A presença dos cristãos na sociedade, a agirem e a reagirem à realidade com as
exigências da justiça é elemento decisivo para a transformação da sociedade na linha do
Reino de Deus. Só “homens justos” podem ajudar a transformar a sociedade na linha da
justiça. Há uma fecundidade da presença dos justos na sociedade. É que o ideal do “justo” é
a santidade, sabe que a sua luta será estéril se não assentar na verdade, tem a humildade de
reconhecer que não se torna justo só a partir de si, mas precisa da ajuda do “Outro”, “o
Justo”, para vencer a injustiça no seu coração. Ele sabe que a grande causa das injustiças da
sociedade estão no coração dos homens. E esse, só Cristo o pode redimir. A luta pela justiça
é a aceitação humilde da Redenção.
4. Para a celebração presidida pelo Santo Padre, no dia 11 de Maio, no Terreiro do Paço,
convoco todos os cristãos da diocese que se deixaram tocar por este desejo de mudar o
coração, para serem “justos” e obreiros da justiça. Os esposos, pais e mães das nossas
crianças e dos nossos jovens, para que lhes comuniquem o verdadeiro horizonte da justiça,
ensinando-lhes a liberdade; os catequistas, para que, com o seu testemunho sincero, ajudem
os outros a descobrir a vida como obra de justiça e de amor; todos os que, na realidade
quotidiana da nossa sociedade, no trabalho, na empresa, na política, sentem o contraste de
uma ideia de justiça à medida do homem e das suas forças, com o ideal da justiça que é obra
do Espírito, que se recebe para se comunicar, e começa pela transformação interior, fazendoos
perceber que só os “justos” constroem a justiça. E só são verdadeiramente justos os que
foram justificados. Convoco, de um modo particular, os jovens da nossa diocese. Venham,
para aprender com o Santo Padre, a luta pela justiça, que é luta pela verdade e, só possível
com fé, confiança sem limites na força de Jesus Cristo.
Espero que todos preparem na Quaresma o seu coração para a surpresa de Deus na Páscoa
deste ano; só isso os tornará acolhedores à palavra do Papa. A celebração do Terreiro do
Paço tem de ser a Páscoa continuada.
5. A justiça é obra de amor. A vida é um dom: tudo o que somos e temos pode
transformar-se em dom. A verdadeira partilha é obra de justiça. Convido todos os católicos
da diocese a partilharem generosamente o que são e o que têm. A nossa Renúncia Quaresmal
permitirá ao “Fundo Diocesano de Ajuda Inter-Eclesial” responder aos imensos pedidos de
ajuda material vindos de Igrejas irmãs. Há já muitos pedidos a que ainda não pudemos
responder. Para além do ofertório específico que já foi feito para os irmãos do Haiti, o
Patriarcado continuará atento à necessária ajuda à Igreja local, no exigente período de
reconstrução e da criação de condições para o exercício da sua missão.
Caminhemos para a Páscoa, escutando a Palavra de Deus; fortaleçamos a nossa fé no
encontro renovado com Cristo Pascal e isso tornar-nos-á mais preparados para sermos
obreiros da justiça, na edificação do Reino de Deus.
Lisboa, 17 de Fevereiro de 2010, Quarta-Feira de Cinzas»
† JOSÉ, Cardeal-Patriarca

Mensagem para a Quaresma de sua Santidade o papa Bento XVI


MENSAGEM DE SUA SANTIDADE O PAPA BENTO XVI PARA A QUARESMA DE 2010
A justiça de Deus está manifestada mediante a fé em Jesus Cristo (cfr Rom 3, 21–22 )
Queridos irmãos e irmãs,
todos os anos, por ocasião da Quaresma, a Igreja convida-nos a uma revisão sincera da nossa vida á luz dos ensinamentos evangélicos . Este ano desejaria propor-vos algumas reflexões sobre o tema vasto da justiça, partindo da afirmação Paulina: A justiça de Deus está manifestada mediante a fé em Jesus Cristo (cfr Rom 3,21 – 22 ).

Justiça: “dare cuique suum”
Detenho-me em primeiro lugar sobre o significado da palavra “justiça” que na linguagem comum implica “dar a cada um o que é seu – dare cuique suum”, segundo a conhecida expressão de Ulpiano, jurista romana do século III. Porém, na realidade, tal definição clássica não precisa em que é que consiste aquele “suo” que se deve assegurar a cada um. Aquilo de que o homem mais precisa não lhe pode ser garantido por lei. Para gozar de uma existência em plenitude, precisa de algo mais intimo que lhe pode ser concedido somente gratuitamente: poderíamos dizer que o homem vive daquele amor que só Deus lhe pode comunicar, tendo-o criado á sua imagem e semelhança. São certamente úteis e necessários os bens materiais – no fim de contas o próprio Jesus se preocupou com a cura dos doentes, em matar a fome das multidões que o seguiam e certamente condena a indiferença que também hoje condena centenas de milhões de seres humanos á morte por falta de alimentos, de água e de medicamentos -, mas a justiça distributiva não restitui ao ser humano todo o “suo” que lhe é devido. Como e mais do que o pão ele de facto precisa de Deus. Nora Santo Agostinho: se “ a justiça é a virtude que distribui a cada um o que é seu…não é justiça do homem aquela que subtrai
o homem ao verdadeiro Deus” (De civitate Dei, XIX, 21).

De onde vem a injustiça?
O evangelista Marcos refere as seguintes palavras de Jesus, que se inserem no debate de então acerca do que é puro e impuro: “Nada há fora do homem que, entrando nele, o possa tornar impuro. Mas o que sai do homem, isso é que o torna impuro. Porque é do interior do coração dos homens, que saem os maus pensamentos” (Mc 7,14-15.20-21). Para além da questão imediata relativo ao alimento, podemos entrever nas reacções dos fariseus uma tentação permanente do homem: individuar a origem do mal numa causa exterior. Muitas das ideologias modernas, a bem ver, têm este pressuposto: visto que a injustiça vem “de fora”, para que reine a justiça é suficiente remover as causas externas que impedem a sua actuação: Esta maneira de pensar -admoesta Jesus – é ingénua e míope. A injustiça, fruto do mal , não tem raízes exclusivamente externas; tem origem no coração do homem, onde se encontram os germes de uma misteriosa conivência com
o mal. Reconhece-o com amargura o Salmista:”Eis que eu nasci na culpa, e a minha mãe concebeu-se no pecado” (Sl. 51,7). Sim, o homem torna-se frágil por um impulso profundo, que o mortifica na capacidade de entrar em comunhão com o outro. Aberto por natureza ao fluxo livre da partilha, adverte dentro de si uma força de gravidade
estranha que o leva a dobrar-se sobre si mesmo, a afirmar-se acima e contra os outros: é
b. o egoísmo, consequência do pecado original. Adão e Eva, seduzidos pela mentira de Satanás, pegando no fruto misterioso contra a vontade divina, substituíram á lógica de confiar no Amor aquela da suspeita e da competição ; á lógica do receber, da espera confiante do Outro, aquela ansiosa do agarrar, do fazer sozinho (cfr Gn 3,1-6) experimentando como resultado uma sensação de inquietação e de incerteza. Como pode o homem libertar-se deste impulso egoísta e abrir-se ao amor?

Justiça e Sedaqah
No coração da sabedoria de Israel encontramos um laço profundo entre fé em Deus que “levanta do pó o indigente (Sl 113,7) e justiça em relação ao próximo. A própria palavra com a qual em hebraico se indica a virtude da justiça, sedaqah, exprime-o bem. De facto sedaqah significa, dum lado a aceitação plena da vontade do Deus de Israel; do outro, equidade em relação ao próximo (cfr Ex 29,12-17), de maneira especial ao pobre, ao estrangeiro, ao órfão e á viúva ( cfr Dt 10,18-19). Mas os dois significados estão ligados, porque o dar ao pobre, para o israelita nada mais é senão a retribuição que se deve a Deus, que teve piedade da miséria do seu povo. Não é por acaso que o dom das tábuas da Lei a Moisés, no monte Sinai, se verifica depois da passagem do Mar Vermelho. Isto é, a escuta da Lei , pressupõe a fé no Deus que foi o primeiro a ouvir o lamento do seu povo e desceu para o libertar do poder do Egipto (cfr Ex s,8). Deus está atento ao grito do pobre e em resposta pede para ser ouvido: pede justiça para o pobre ( cfr.Ecli 4,4-5.8-9), o estrangeiro ( cfr Ex 22,20), o escravo ( cfr Dt 15,12-18). Para entrar na justiça é portanto necessário sair daquela ilusão de auto – suficiência , daquele estado profundo de fecho, que á a própria origem da injustiça. Por outras palavras, é necessário um “êxodo” mais profundo do que aquele que Deus efectuou com Moisés, uma libertação do coração, que a palavra da Lei, sozinha, é impotente a realizar. Existe portanto para o homem esperança de justiça?

Cristo, justiça de Deus
O anuncio cristão responde positivamente á sede de justiça do homem, como afirma o apóstolo Paulo na Carta aos Romanos: “ Mas agora, é sem a lei que está manifestada a justiça de Deus… mediante a fé em Jesus Cristo, para todos os crentes. De facto não há distinção, porque todos pecaram e estão privados da glória de Deus, sendo justificados gratuitamente pela Sua graça, por meio da redenção que se realiza em Jesus Cristo, que Deus apresentou como vitima de propiciação pelo Seu próprio sangue, mediante a fé” (3,21-25)
Qual é portanto a justiça de Cristo? É antes de mais a justiça que vem da graça, onde não é o homem que repara, que cura si mesmo e os outros. O facto de que a “expiação” se verifique no “sangue” de Jesus significa que não são os sacrifícios do homem a libertá-lo do peso das suas culpas, mas o gesto do amor de Deus que se abre até ao extremo, até fazer passar em si “ a maldição” que toca ao homem, para lhe transmitir em troca a “bênção” que toca a Deus (cfr Gal 3,13-14). Mas isto levanta imediatamente uma objecção: que justiça existe lá onde o justo morre pelo culpado e o culpado recebe em troca a bênção que toca ao justo? Desta maneira cada um não recebe o contrário do que é “seu”? Na realidade, aqui manifesta-se a justiça divina, profundamente diferente da justiça humana. Deus pagou por nós no seu Filho o preço do resgate, um preço verdadeiramente exorbitante. Perante a justiça da Cruz o homem pode revoltar-se, porque ele põe em evidencia que o homem não é um ser autárquico , mas precisa de um Outro para ser plenamente si mesmo. Converter-se a Cristo, acreditar no Evangelho, no fundo significa precisamente isto: sair da ilusão da auto suficiência para descobrir e aceitar a própria indigência – indigência dos outros e de Deus, exigência do seu perdão e da sua amizade.
Compreende-se então como a fé não é um facto natural, cómodo, obvio: é necessário humildade para aceitar que se precisa que um Outro me liberte do “meu”, para me dar gratuitamente o “seu”. Isto acontece particularmente nos sacramentos da Penitencia e da Eucaristia. Graças á acção de Cristo, nós podemos entrar na justiça “ maior”, que é aquela do amor ( cfr Rom 13,8-10), a justiça de quem se sente em todo o caso sempre mais devedor do que credor, porque recebeu mais do que aquilo que poderia esperar.
Precisamente fortalecido por esta experiencia, o cristão é levado a contribuir para a formação de sociedades justas, onde todos recebem o necessário para viver segundo a própria dignidade de homem e onde a justiça é vivificada pelo amor.
Queridos irmãos e irmãs, a Quaresma culmina no Tríduo Pascal, no qual também este ano celebraremos a justiça divina, que é plenitude de caridade, de dom, de salvação. Que este tempo penitencial seja para cada cristão tempo de autentica conversão e de conhecimento intenso do mistério de Cristo, que veio para realizar a justiça. Com estes sentimentos, a todos concedo de coração, a Bênção Apostólica.
Vaticano, 30 de Outubro de 2009

Folha Informativa n. 182 de 7/2/2010

Descarregue-a aqui.


Folha Informativa n. 181 de 31/1/2010













Descarregue-a aqui.

















domingo, 24 de janeiro de 2010

Folha Informativa n.180 de 24 de Janeiro de 2010


Estimados Paroquianos e amigos
A grande catástrofe do Haiti, com as suas consequências devastadoras no país mais pobre do hemisfério norte, não deixa ninguém indiferente. Nós, cristãos, não podemos estar senão no «pelotão da frente» na resposta solidária à escala global, acompanhando a generosidade dos nossos gestos com a persistência da nossa oração.
Aplicando na nossa Paróquia as directivas do Senhor Patriarca para a nossa Diocese, informo que os ofertórios das missas deste fim de semana (dias 23 e 24) destinam-se a ajudar o povo do Haiti. Quem não poder chegar a sua oferta nestes dias, ou a quiser reforçar, pode deixá-la num envelope identificado no ofertório das missas da próxima semana (até sexta - feira, dia 29) ou entregá-la directamente nos serviços paroquiais.
Isto não impede que, quem preferir, possa fazer a tranferência directamente para um dos NIBs indicado pelo nosso Bispo.
Com os melhores cumprimentos
Padre Daniel Batalha Henriques


Estimados paroquianos e amigos,
Rezemos pelo martirizado povo do Haiti e, dentro das nossas possibilidades e generosidade, sejamos solidários.
Rezemos também pela Igreja no Haiti.
A zona afectada cobre quatro dioceses (Porto Príncipe, Jacmel, Gonaives e Jeremie), com seis milhões de habitantes.
Antes do terramoto havia 150 paróquias, com quatro milhões de católicos, 450 sacerdotes e mais de 600 religiosas.Faleceu no terramoto Joseph Serge Miot, arcebispo de Porto Príncipe e mais dois bispos, todos os seminaristas do seminário maior, e centenas de religiosos. Calcula-se que outras centenas estejam sob os escombros.
A conta «Cáritas ajuda Haiti» tem o seguinte NIB:
0035 0697 0063 0007 530 53
Padre Daniel Batalha Henriques 

Folha Informativa n.179 de 17 de Janeiro de 2010

Aqui

Folha Informativa n.178 de 10 de Janeiro de 2010

Aqui

domingo, 3 de janeiro de 2010

Folha Informativa n. 177 de 3 de Janeiro de 2010


Aceda e descarregue-a aqui.

«Deus é um luxo» - faleceu Edward Schillebeeckx O.P.

por ANSELMO BORGES

«Deus é um luxo

A última vez que o encontrei foi em 1988, em Nimega (Holanda). Recebeu-me na sua cela bem modesta, e, embora a saúde já não fosse particularmente boa, concedeu-me tempo para uma longa conversa. E foi aí que lhe lembrei a sua afirmação de que Deus não é uma necessidade, mas um luxo. Ele confirmou: "Sim. Abusou-se de Deus, da palavra Deus, no sentido de que Deus foi funcionalizado, posto em função do homem, da sociedade, da natureza... Ora, a natureza, o homem e a sociedade não têm necessidade de Deus para serem o que são. Mas, por outro lado, o luxo da nossa vida humana é, por exemplo, poder receber um ramo de flores. Não é uma necessidade. É um gesto completamente gratuito. É essa a grande experiência humana."
Edward Schillebeeckx morreu na véspera de Natal, no passado dia 23, em Nimega. Tinha 95 anos. Frade dominicano, foi um dos teólogos católicos mais prestigiados do século XX. Preparou e inspirou decisivamente o Concílio Vaticano II, concretamente nalguns dos seus documentos mais importantes, referentes à Revelação e ao diálogo da Igreja com o mundo. Ao velho aforismo "Fora da Igreja não há salvação", E. Schillebeeckx contrapunha: "Fora do mundo não há salvação." Co-fundador da revista Concilium, que continua a ser publicada em várias línguas, a sua influência impôs-se muito para lá da Teologia, tendo, por isso, recebido o Prémio Erasmus. Crítico da Igreja oficial, concretamente da política eclesiástica do Vaticano na nomeação dos bispos, para ter de novo uma Igreja uniforme, enfrentou por três vezes a Congregação para a Doutrina da Fé e denunciou os seus métodos. Definiu-se, no entanto, como "um teólogo feliz".
Perguntas fundamentais: Que significado tem ainda o cristianismo para o nosso mundo secularizado?, que futuro para a Igreja? Resumiu-me o essencial: "O ecumenismo das religiões deve ser sustentado por um ecumenismo de toda a humanidade sofredora. O sofrimento injusto: eis o grande problema." Assim, "diria que o grande desafio, portanto, o futuro do cristianismo depende da presença dos cristãos e, por conseguinte, da Igreja, no futuro do mundo, nas necessidades dos homens e das mulheres. É necessário que a Igreja se não interesse apenas por si mesma, mas que se desligue de si mesma e olhe para o mundo dos homens". "Refiro-me a todo esse processo em prol da justiça, da paz e da salvaguarda e defesa da criação."
Quando lhe perguntei quais as forças que disputam o futuro do mundo actual, respondeu que há sobretudo três grandes dinamismos: "Por um lado, há o positivismo, sobretudo o positivismo científico, a tecnocracia; por outro, há esse misticismo a-político, a interioridade pura, sem relação com o mundo, com a sociedade; finalmente, as religiões, as grandes religiões mundiais, que, cada vez mais, redescobrem as suas fontes e raízes. Há aí, cada vez mais, uma ligação entre a mística e o compromisso político e social."
Esta era, para ele, a religião verdadeira, que vive do vínculo indissolúvel de ética e mística, e que tem também de ser racional. É certo que hoje "há também toda uma tendência irracional contra tudo o que é da razão. Mas eu sou contra isso. É necessário aceitar a razão enquanto tal, pois é também um motor libertador. Trata-se, porém, da razão que é esclarecida, estimulada pela consciência do sofrimento. Caso contrário, a razão é totalmente fatal e funesta para os seres humanos. Mas, quando a razão é estimulada pelo facto do sofrimento incrível no mundo, é uma razão iluminada não só pela fé, mas também pelo sofrimento injusto".
O pensamento de E. Schillebeeckx centra-se nas experiências negativas e de contraste. "Neste contraste, o homem experiencia que a situação tal como se apresenta - de maldade, de injustiça, de sem sentido -, tem de ser mudada. Nesta experiência de contraste, temos já implicitamente a perspectiva do positivo no negativo." Aí, tem de intervir a praxis solidária libertadora, que pode abrir-se à esperança fundada de que a palavra última pertence a um mistério divino indisponível de salvação, ao Deus vivo que liberta.»

«Deus se faz menino para nos vencer no amor» - Bento XVI

«Para melhor compreendermos o significado do Natal do Senhor, gostaria de fazer uma breve referência à origem histórica desta solenidade. De facto, o Ano litúrgico da Igreja não se desenvolveu inicialmente a partir do evento do nascimento de Cristo, mas sim da fé na sua Ressurreição. Portanto, a festa mais antiga da cristandade não é o Natal, mas a Páscoa; a ressurreição de Cristo fundou a fé cristã e está na base do anúncio do Evangelho e do nascimento da Igreja. Por isso, ser cristão significa viver de maneira pascoal, fazendo-nos arrastar pelo dinamismo originado do Baptismo e que leva a morrer para o pecado para viver com Deus (cfr Rm 6,4).
O primeiro a afirmar com clareza que Jesus teria nascido em 25 de dezembro foi Hipólito de Roma, no seu comentário ao Livro do profeta Daniel, escrito por volta de 204. Algum exegeta observa, depois, que nesse dia era celebrada a festa à Dedicação ao Templo de Jerusalém, instituída por Judas Macabeu em 164 a.C. A coincidência de datas vem então significar que, com Jesus, surgido como Luz de Deus em meio à noite, realiza-se verdadeiramente a consagração ao templo, o Advento de Deus sobre esta terra.
Na cristandade, a festa do Natal assumiu uma forma definida no século IV, quando toma então o lugar da antiga festa romana do “Sol Invictus”, o sol invencível; coloca-se assim em evidência que o nascimento de Cristo constitui a vitória da verdadeira luz sobre a escuridão do mal e do pecado. Todavia, a atmosfera intensa e particular que envolve o Natal veio a desenvolver-se na Idade Média, graças a São Francisco de Assis, o qual era profundamente apaixonado pela figura humana de Jesus, o Deus-conosco....»
Leia o resto do discurso aqui

sábado, 26 de dezembro de 2009