domingo, 3 de janeiro de 2010

«Deus se faz menino para nos vencer no amor» - Bento XVI

«Para melhor compreendermos o significado do Natal do Senhor, gostaria de fazer uma breve referência à origem histórica desta solenidade. De facto, o Ano litúrgico da Igreja não se desenvolveu inicialmente a partir do evento do nascimento de Cristo, mas sim da fé na sua Ressurreição. Portanto, a festa mais antiga da cristandade não é o Natal, mas a Páscoa; a ressurreição de Cristo fundou a fé cristã e está na base do anúncio do Evangelho e do nascimento da Igreja. Por isso, ser cristão significa viver de maneira pascoal, fazendo-nos arrastar pelo dinamismo originado do Baptismo e que leva a morrer para o pecado para viver com Deus (cfr Rm 6,4).
O primeiro a afirmar com clareza que Jesus teria nascido em 25 de dezembro foi Hipólito de Roma, no seu comentário ao Livro do profeta Daniel, escrito por volta de 204. Algum exegeta observa, depois, que nesse dia era celebrada a festa à Dedicação ao Templo de Jerusalém, instituída por Judas Macabeu em 164 a.C. A coincidência de datas vem então significar que, com Jesus, surgido como Luz de Deus em meio à noite, realiza-se verdadeiramente a consagração ao templo, o Advento de Deus sobre esta terra.
Na cristandade, a festa do Natal assumiu uma forma definida no século IV, quando toma então o lugar da antiga festa romana do “Sol Invictus”, o sol invencível; coloca-se assim em evidência que o nascimento de Cristo constitui a vitória da verdadeira luz sobre a escuridão do mal e do pecado. Todavia, a atmosfera intensa e particular que envolve o Natal veio a desenvolver-se na Idade Média, graças a São Francisco de Assis, o qual era profundamente apaixonado pela figura humana de Jesus, o Deus-conosco....»
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