quarta-feira, 11 de abril de 2007

Folha Informativa - Dom. 1 de Abril de 2007

Palavra do Pároco

Ousar viver uma Páscoa diferente…

Sendo a Páscoa do Senhor o centro da nossa fé, não deixa de ser preocupante constatar que haja um número tão grande de cristãos para quem este tempo não diga rigorosamente nada. De facto, os destinos turísticos, as viagens de finalistas e os programas de lazer enchem-se de católicos que não pararam simplesmente para pensar até que ponto isso poderá contradizer uma vivência coerente da sua fé. Além disso, um pouco por toda a parte abundam os cartazes “turísticos” da Semana Santa onde se pode “assistir” a belas tradições seculares como se de um mero espectáculo cultural se tratasse. Para muitos cristãos, isto é suficiente para poderem dizer que tiveram uma Páscoa bem vivida.
Para quem se afirma católico praticante, não tem sentido a vivência dos dias da Semana Santa e, particularmente, do Tríduo Pascal, senão como um profundo tempo de retiro, vivido no seguimento de Jesus, em Igreja. Se a importância do Tríduo Pascal leva a que, em Portugal, o calendário de feriados o integre, os cristãos deveriam vivê-lo de forma coerente com a sua fé. É neste sentido que deixo aqui algumas sugestões:

Um tempo de conversão
Estes dias não são apenas dias de meditação, mas dias de conversão. Se não forem para nós dias de morte e ressurreição, em que o “homem velho”, crucificado e sepultado, ressuscita com Cristo, serão certamente dias desperdiçados.
Um tempo para Deus
Dar a Deus o que é de Deus: o nosso tempo. Façamos as compras, cuidemos da casa, resolvamos os assuntos que temos a tratar, antes ou depois destes dias. Dediquemo-nos à oração individual, à meditação da Palavra de Deus (será a altura certa para lermos e meditarmos longamente nos capítulos da paixão, morte e ressurreição. Leiamos um bom livro espiritual e meditemos longamente nas estações da Via Sacra e nos mistérios dolorosos e gloriosos do Rosário.
Um tempo para a Família
Ensinemos os filhos e os netos a estarem em sintonia com os mistérios que celebramos. Expliquemos, em palavras que eles entendam, porque é que a Páscoa é tão importante para os cristãos e porque é que este tempo exige de nós uma maior interioridade.
Um Tempo vivido em Igreja
É em Igreja, com nossos os irmãos na fé, que somos chamados a viver este tempo em que todas as celebrações são de preceito. Passemos longo tempo na Igreja, meditando dia a dia, hora a hora, na oração pessoal ou comunitária, os acontecimentos da nossa fé. Dêmos descanso ao relógio e ao telemóvel nestes dias. Eles também precisam de fazer “férias”.

Pensamento

Viver de forma simples para que outros possam simplesmente viver
Paulo VI – Populorum Progressio


Meditação

«O REDENTOR
Tu morreste por nós na cruz da afronta
E o sangue derradeiro
Derramaste do alto do madeiro,
Jesus, Filho de Deus, Deus verdadeiro!

Aos crimes do homem não lançaste a conta,
Inocente cordeiro,
Quando foste no alto do madeiro
Lavar, com sangue, o último e o primeiro.

E naquela hora o mundo foi mudado:
A antiga, frouxa luz,
Se apagou no Calvário ao pé da Cruz;
E agora é novo sol o que reluz.
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Acabaram-se as leis dos reis da terra;
E esta só lei ficou:
“O rei que está na Cruz nos libertou
E com sangue a todos igualou.»

Almeida Garrett


Destaque

A Semana Santa

Terminado o tempo da Quaresma entramos na Semana Santa. Inicia-se no Domingo de Ramos e tem como ponto culminante o “Triduo Pascal” (Quinta, Sexta e Sábado Santos – terminando com a celebração da Ressurreição de Jesus). Seguem-se os 50 dias de Páscoa.

1. Domingo de Ramos –A igreja comemora a entrada de Jesus em Jerusalém. Celebramos a dupla dimensão de glória e sofrimento, a entrada triunfal e a Paixão; o “bendito o que vem” e o “crucifica-o”. O específico neste dia é a Bênção e a Procissão dos Ramos e a proclamação da Narração da Paixão do Senhor.
2. Quinta-feira Santa – De manhã, na Sé, celebra-se a Missa Crismal. Nela são consagrados, para todo o ano, os Santo Óleos do Baptismo, do Crisma e dos Enfermos. Todos os sacerdotes presentes renovam as suas promessas. Dá-se início ao Tríduo, propriamente dito, com a Missa Vespertina da Ceia do Senhor. Nesta recorda-se a Última Ceia , a Instituição da Eucaristia e do Sacerdócio e a proclamação do mandamento novo do Amor. Realiza-se o gesto do “lava-pés”, que manifesta o serviço e a caridade de Cristo e a nossa: viemos para servir e não sermos servidos. No final O Santíssimo ficará em Adoração (individual ou por grupos).
3. Sexta-feira Santa – o dia centra-se na Celebração da Paixão do Senhor. Depois desta a Cruz permanece no altar e genuflecte-se ao passar em sua frente. É pratica corrente celebrar-se neste dia a Via Sacra.
4. Sábado Santo – aguarda-se em recolhimento, silêncio e oração a Ressurreição do Senhor. Á noite inicia-se a celebração da Páscoa, com Vigília Pascal.

Horários paroquiais

Retiro Paroquial
2ª Feira Santa, 2 de Abril, no salão paroquial
Inicia às 9h30 e termina, com a missa, às 17h30 e será orientado pelo padre Tiago Neto.

Missa Vespertina da Ceia do Senhor
5ª Feira Santa, às 18h, na Igreja Paroquial
Segue-se um tempo de Adoração Eucarística que se prolonga até à meia noite.

Celebração da Paixão do Senhor
6ª Feira Santa, às 15h, na Igreja Paroquial
Será presidida por D. Carlos Azevedo, bispo auxiliar do Patriarcado. Às 21h00 teremos a Via-sacra pelas ruas da nossa Paróquia, saindo da Igreja Paroquial e terminando em Miraflores.

O Horário integral ficará afixado nos locais habituais e será distribuído com a Folha Informativa


Missionários da Oração


Preciso da Tua ajuda, Senhor, durante este tempo abençoado que precede a celebração da Tua gloriosa Ressurreição. Ilumina-me, purifica-me e fortalece-me na fonte de Tua Graça.
Sigo confiante na Tua promessa de permaneceres comigo e para sempre.

Leituras

2 L 1 Is 42, 1-7; Sal 26; Ev Jo 12, 1-11
2ª Feira

3 L 1 Is 49, 1-6; Sal 70; Ev Jo 13, 21-33.36-38
3ªFeira

4 L 1 Is 50, 4-9a; Sal 68; Ev Mt 26, 14-25
4ªFeira

5 Missa Vespertina da Ceia do Senhor
5ª Feira L 1 Ex 12, 1-8.11-14; Sal 115; L 2 1Cor 11, 23-26; Ev Jo 13, 1-15

6 Celebração da Paixão do Senhor
6ª Feira L 1 Is 52,13-53,12; Sal 30; L 2 Hebr 4, 14-16-5, 7-9; Ev Jo 18, 1-19, 42

8 Domingo de Páscoa
Domingo Vigília – L 1 Gn 1,1 – 2,2; Sl 32; L 2 Gn 22, 1-18; Sl 15; L 3 Ex 14, 15 –
15,1); Sl Ex 15, 1-6.17-18; L 4 Is 55,1-11; Sl Is 12, 2-6; L 5 Ez 36, 16-
17a.18-28; Sl 41; Epístola Rom 6,3-11; Aleluia Sl 117; Ev Lc 24, 1-12
Missa do Dia - L 1 Act 10, 34a.37-43; Sal 117; L 2 Col 3, 1-4 ou 1Cor 5, 6b-8;
Ev Jo 20, 1-9

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