quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Folha Informativa - Dom. 18 de Novembro de 2007

XXXIII Domingo do Tempo Comum
Palavra do Pároco
O discurso de Bento XVI aos Bispos Portugueses
Na passada semana, ao culminar a visita ad limina, o Papa dirigiu um discurso aos bispos portugueses que foi apresentado por alguns meios de comunicação social como uma repreensão, ou um «puxão de orelhas», à Igreja portuguesa e aos seus pastores.
Mais uma vez, a Igreja é apresentada como se de uma empresa se tratasse, onde os directores regionais fazem os seus relatórios financeiros e o director geral elogia ou repreende os sucessos e os fracassos. De facto, a Igreja não se move nesta lógica de produtividade e de «venda de produto» mas na lógica do mistério e da comunhão. É precisamente aqui que o Santo Padre situa o seu discurso, acolhendo os bispos como seus irmãos e, com ele responsáveis pela Igreja no mundo: «encontrais modificado o rosto de Pedro mas não o coração nem os braços que vos acolhem e confirmam na força de Deus que nos sustenta e irmana em Cristo Senhor». É cheio de confiança na Igreja portuguesa que ele, ao referir-se à constatação unânime dos bispos sobre o aumento dos não praticantes e a falta de participação na vida comunitária, afirma que: «é preciso mudar o estilo de organização da comunidade eclesial portuguesa e a mentalidade dos seus membros para se ter uma Igreja ao ritmo do Concílio Vaticano II». Aliás, qualquer cristão minimamente empenhado na Igreja e atento ao evoluir dos tempos, subscreveria estas afirmações de Bento XVI com uma partilhada inquietação. É, ainda, com palavras que nos comovem, que o Papa termina referindo-se a Fátima: «escola de fé com a Virgem Maria por Mestra; lá ergueu Ela a sua cátedra para ensinar aos pequenos Videntes e depois às multidões as verdades eternas e a arte de orar, crer e amar

Pensamento
«Na atitude humilde de alunos que necessitam de aprender a lição, confiem-se diariamente, a Maria, Mestra tão insigne e Mãe do Cristo total, todos e cada um de vós e os sacerdotes vossos directos colaboradores na condução do rebanho, os consagrados e consagradas que antecipam o Céu na terra e os fiéis leigos que moldam a terra à imagem do Céu
Bento XVI - Discurso aos bispos portugueses
À mesa da Palavra
A Vida nasce da Bíblia
Quando lemos a Bíblia hoje – por isso dizemos “nasce”, no presente – pretendemos fazer crescer a nossa vida com essa leitura. A Bíblia não é apenas história mas um “poço” sem fundo onde podemos beber a vida que Deus aí nos oferece, para a nossa sede. Quanto mais sede temos dessa “água” mais podemos beber e, nessa mesma medida, mais vida divina podemos receber. É por isso que o Concílio Vaticano afirma, no final da Dei Verbum: «Deste modo, pois, com a leitura e estudo dos Livros Sagrados, a Palavra do Senhor se propague rapidamente e seja acolhida com honra, e o tesouro da Revelação, confiado à Igreja, encha cada vez mais os corações humanos. Assim como a vida da Igreja recebe incremento com a assídua frequência do mistério Eucarístico, assim também é lícito esperar um novo impulso da vida espiritual através da maior veneração da Palavra de Deus, que permanece eternamente».

Doze grupos, para começar…
São doze os grupos constituídos para o arranque inicial dos encontros de reflexão e partilha da Palavra de Deus. Esperemos que novos grupos surjam e que sejam em grande número os paroquianos que, semanalmente, se encontrem para rezar e partilhar a Palavra de Deus de cada Domingo.
Cada grupo não terá mais de 10 elementos e as reuniões, em ritmo semanal, não deverão ultrapassar os 60 minutos. Na reunião, evoca-se o Espírito Santo, lêem-se as leituras do Domingo seguinte e, após uns momentos para oração e reflexão pessoal, cada um partilhará com toda a simplicidade do seu coração o que a Palavra de Deus lhe tiver inspirado. O encontro termina com as preces partilhadas e com uma oração final. À entrada da igreja paroquial e de Miraflores já se encontram as folhas com os grupos constituídos onde cada um se poderá livremente inscrever, segundo o dia e a hora que lhe for mais favorável.

Horários e grupos «À Mesa da Palavra»:
Algés: 2ª feira (18h); 3ª feira (17h30); 5ª feira (19h e 21h)
Miraflores: 4ª feira (16h e 21h); 5ª feira (10h30 e 16h); 6ª feira (10h30)
Salão Paroquial: 3ª feira (14h30); 5ª feira (14h30)
Casa dos Doentes: Av. da Republica – 5ª feira (16h)

Novos horários de confissões
O sacramento da Reconciliação, a par da Eucaristia, deve estar sempre presente e ser frequentemente celebrado na vida de qualquer cristão. Trata-se de um indispensável instrumento de cura interior que o Senhor nos oferece, precisamente por conhecer as nossas debilidades e a necessidade que temos do seu perdão e da sua força. Só através de uma prática assídua e regular, este sacramento poderá ser devidamente vivido e apreciado, deixando se ser um mero preceito a cumprir pela Páscoa ou um “papão” que eu evito a todo o custo. Assim, para que ninguém na paróquia fique sem se confessar por falta de horários de confissões, apresentamos o novo horário semanal:

Algés - Terça – feira, 18h00; Sexta – feira, 09h30 e 18h00; Sábado, 09h30; Domingo, 10h00.
Miraflores - Quinta – feira, 17h00; Domingo, 11h30.

Para além das confissões, teremos ainda o seguinte horários de atendimento por parte dos sacerdotes:
Padre Nuno - Segunda – feira 10h00 – 12h30; Sexta – feira 14h30 – 16h30;
Padre Daniel - Quinta – feira - 14h30 – 16h30.

Pensamento
Não há razão para termos medo das sombras. Apenas indicam que em algum lugar próximo brilha a luz.
Ruth Renkel
Apelamos
Torna-se urgente reforçar a equipa que cuida dos arranjos florais da igreja paroquial. A quem se sentir com gosto e qualidades pessoais para este serviço apelamos a que integrem a equipa que, ao longo do ano, embeleza a igreja, dignificando assim a liturgia.

Destaque
A Festa da Apresentação da Virgem Santa Maria
A 21 de Novembro celebra-se a memória da apresentação de Maria no Templo que, desde tenra idade teria sido consagrada ao Senhor pelos seus pais A presença no Templo significa o cultivar da contemplação, a busca do alimento do Espírito Santo, a disponibilidade para acolher as maravilhas de Deus. Esta festa foi instituída no século VI, aquando da Dedicação da Basílica de Santa Maria, a Nova, em Jerusalém mas só amplamente difundida a partir do século XIV.

À Apresentação de Nossa Senhora
Levada de três anos foste ao templo
Material, nos céus lavrada pedra,
Apresentar-te a ser da angular pedra,
Quando Ele o ordena, estância e vivo Templo.

Ainda mais capaz que os Céus e o Templo,
Bem como ao oiro afina a rica pedra,
Assim de graça cheia, foste a pedra
Do edifício novo e espiritual Templo.

De nossos corações abranda a pedra
À santa inspiração, por que a Deus Templo
De cada um faça, o altar de limpa pedra;

E faça arder no altar e arder no Templo
Incenso de orações, nascer da pedra
Água que lave e regue o altar e o Templo.
Aires Teles de Meneses
Rever para Recomeçar: ao terminar o Ano Litúrgico
Ao terminar mais um ano litúrgico, é salutar que nesta última semana saibamos fazer um juízo da nossa vida e da celebração do último Domingo uma consagração do tempo da Igreja. Faz bem pensar no fim da caminhada, com muita tranquilidade, até porque nós acreditamos que a morte não é o fim absoluto – é a passagem para Deus. Acreditamos que é neste mundo, com as pessoas com quem nos cruzamos e com as tarefas que desenvolvemos que merecemos a vida eterna.
Então vamos aonde e com quem? Cristo não revelou o dia e a hora aos seus discípulos; recomendou: “Velai, orando continuamente…”. O importante não é saber quando será mas como nos devemos preparar para quando for. Temos, para isso, a oração, alimentada pela meditação da Palavra e pela atenção à vida – não para vivermos assustados com o fim do Mundo mas para nos comprometermos com causas e ou acções conducentes à sua transformação - um mundo onde a justiça, o amor e a paz prevaleçam.

Agenda Paroquial
Segunda – feira, 19
21h30 – Reunião das Famílias em Missão
Terça – feira, 20
19h00 – Missa solene da Festa do 30º aniversário da dedicação da Igreja paroquial
21h30 – Assembleia Geral da Associação Famílias para o III Milénio
Sexta – feira, 23
14h30 – Peregrinação inter – paroquial ao Santuário de Cristo – Rei
Domingo, 25
15h30 – Encontro de profissionais de Saúde, em Algés

Notícias
Papa prepara encíclica social
Depois da nota pastoral da Conferência Episcopal Portuguesa a propósito da comemoração dos 40 anos da Encíclica «Populorum Progressio», de 19 de Abril deste ano, é a vez do papa Bento XVI preparar a sua primeira encíclica social. A Encíclica Social de Paulo VI será objecto de reflexão na sessão plenária do Conselho Pontifício da Justiça e da Paz, a realizar no Vaticano entre 20 e 21 deste mês, bem como no Congresso Mundial dos organismos eclesiais que decorrerá em Roma nos dias 22 e 24.

Missionários da Oração
Pai
Permite que a escuta assídua
da Tua Palavra
me oriente para Ti e me dê
o sentido de abertura à Tua Graça.
“Pela Tua misericórdia,
Gera-me de novo
Para uma esperança viva”.

Leituras
19 - L 1 1 Mac 1, 10-15.41-43.54-57.62-64; Sal 118; Ev Lc 18, 35-43
2ª Feira
20 - L1 2 Mac 6, 18-31; Sal 3; Ev Lc 19, 1-10
3ªFeira
21 - Apresentação de Nossa Senhora - MO
4ªFeira L 1 2 Mac 7, 1.20-31; Sal 16; Ev Lc 19, 11-28 ou
L1 Zac 2, 14-17; Sal Lc1, 46-55; Ev Mt 12, 46-50
22 - S. Cecília, virgem e mártir - MO
5ªFeira L 1 Mac 2 15-19; Sal 49; Ev Lc 19, 41-44
23 - L 1 Mac 4, 36-37.52-59; Sal 1 Cr 29; Ev.Lc 19, 45-48
6ª Feira
24 - L 1 Mac 6 1-13; Sal 9A; Ev.Lc 20, 27-40
Sábado
25 - Domingo XXXIV do Tempo Comum
Domingo Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo - Solenidade
L 1 2 Sam 5, 1-3; Sal 121; L 2 Col 1, 12-20 ; Ev Lc 23, 3

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