segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Folha Informativa - Dom. 2 de Dezembro de 07 Domingo I do Advento

Palavra do Pároco
Quem é o meu próximo?
A propósito da Semana da Caridade
Por vezes, quando surge alguma calamidade no outro lado do planeta e somos convidados a ser solidários, confrontam-nos com a seguinte pergunta: porquê ir tão longe se há tantas pessoas necessitadas mesmo aqui ao nosso lado? Respondo invariavelmente: «o que cria as distâncias não são as milhas mas sim o coração».
Outros questionam: o que adianta ajudar uma pessoa se estou diante de uma multidão incontável de pobres a quem eu não posso valer? Aí respondo com uma história de que gosto muito: «Uma criança afadigava-se por entregar ao mar, um a um, um cardume enorme de pequenos peixes que a maré tinha lançado na areia da praia. Alguém a questionava: porquê te dás a todo esse trabalho? Não vês que nunca conseguirás salvar todos os peixes sozinho? Além do mais eles vão morrer muito antes de conseguires colocar todos na água! O teu trabalho todo não fará qualquer diferença na tua intenção de salvar o cardume... O menino olha para o peixinho que segura na mão e responde cheio de confiança para o senhor que o interpelava: - É verdade, talvez não faça grande diferença para salvar todo o cardume. No entanto, para este pequeno peixe fará toda a diferença do mundo!»
Nesta Semana da Caridade, ao entramos no tempo do Advento, abramos o nosso coração aos pobres, próximos e distantes, para que todos eles se tornem o nosso «Próximo». É que a nossa ajuda pode fazer «toda a diferença».

Pensamento
Para a vinda de Cristo, que poderíamos chamar «encarnação espiritual», o arquétipo é Maria. Como a Virgem conservou no seu coração o Verbo feito carne, assim cada uma das almas e toda a Igreja estão chamadas, na sua peregrinação terrena, a esperar Cristo que vem, e a acolhê-lo com fé e amor sempre renovados.

Bento XVI
O Advento é destinado a dar asas e pés aos sonhos de paz.
Frei Bento Domingues

Meditação
Que fizemos da Espera?
Sobre a hora e as modalidades desta vinda formidável, será vão, adverte-nos o Evangelho, especular. Mas devemos esperar.
A espera, a espera ansiosa, colectiva e operante de um Fim do Mundo, isto é, de uma Saída para o Mundo, é a função cristã por excelência e talvez o traço mais distintivo da nossa religião.
Historicamente a espera jamais deixou de guiar, como um archote, os progressos da nossa fé. Aparecido entre nós por um instante, o Messias só se deixou ver e tocar para se perder, uma vez ainda, mais luminoso e inefável, nas profundezas do futuro. Ele veio, mas agora, devemos esperá-lo ainda e de novo – não apenas um pequeno grupo escolhido, mas todos os homens – mais do que nunca. O Senhor Jesus só virá depressa se o esperarmos muito. É uma acumulação de desejos que deve fazer irromper a Parusia.
Cristãos, encarregados após Israel de guardar sempre viva sobre a Terra a chama de desejo, vinte séculos após a Ascensão, que fizemos da espera?
Teilhard de Chardin

Fonte Inefável de Luz
Fonte inefável de luz,
Verbo em quem o Eterno contempla a sua beleza,
Astro do qual o Sol não passa de sombra grosseira,
Dia sagrado de quem o dia recebe a sua claridade.

Ergue-te, Sol adorável,
Que transformas a eternidade num dia feliz;
Faz brilhar a nossos olhos a tua claridade compassiva,
E difunde em nossos corações o fogo do teu amor.

Guia a nossa alma no seu caminho,
Torna o nosso corpo dócil à tua divina lei;
Enche-nos de uma esperança inabalável por qualquer dúvida,
E que jamais o erro altere a nossa fé.
Sto. Ambrósio

À mesa da Palavra
São Mateus, evangelista do novo ano litúrgico – Ano A –
O Leccionário Dominical (livro litúrgico que integra as leituras dominicais) está estruturado em três anos, o ano A, B e C. Isto significa que durante 3 anos as leituras são diferentes, só se repetindo no quarto ano. Em cada um dos anos, especialmente nos domingos do Tempo Comum, acompanha-nos um dos evangelistas sinópticos, sendo São Mateus o evangelista deste ano, o ano A. Durante os próximos números da Folha Informativa vamos procurar apresentar este evangelista e as características específicas do seu Evangelho.

«Na Eucaristia a mesa da Palavra é tão importante como a mesa do Pão Repartido, ou dito de outra maneira a Palavra é o primeiro Pão Repartido.»
D. José Policarpo

«Meditai com frequência na Palavra de Deus e permiti que o Espírito Santo seja o vosso Mestre. Assim, havereis de descobrir que os pensamentos de Deus não são os dos homens; sereis levados a contemplar o verdadeiro Deus e a ler os acontecimentos da História com os seus olhos; haveis de saborear a alegria que nasce da verdade.»
Bento XVI
Destaque
A Solenidade da Imaculada Conceição de Nossa Senhora
Mais do que qualquer outro tempo do Ano Litúrgico, o Advento é tempo de Maria, pois é nele que A vemos em mais íntima relação com o Seu filho, ao Qual está unida «por vínculo estreito e indissolúvel» (LG. 53).
Se o Senhor veio ao meio dos homens, se Ele vem ainda, é por meio de Maria. N’Ela se cumpre, na verdade, o mistério do Advento.
Embora, na sua origem e no seu princípio, a Solenidade da Imaculada Conceição, que vem do século XI, não nos apareça em ligação com o Advento, contudo ela é uma verdadeira festa do Advento. Ela é a aurora que precede, anuncia e traz em si o Dia novo, que está para surgir no Natal.
Enaltecendo a Virgem Maria, esta Solenidade, em vez de nos desviar do Mistério de Cristo, leva-nos, pelo contrário, a exaltar a obra da Redenção, ao apresentar-nos Aquela que foi a primeira a beneficiar dos seus frutos, tornando-se a imagem e o modelo segundo o qual Deus quer refazer o rosto da Humanidade, desfigurado pelo pecado.
Assim como na aurora se projecta a luz do sol, de cujos raios ela tira a vida, assim em Maria Imaculada se reflecte o poder do Salvador que está para vir: a Seus méritos Ela deve, com efeito, o ter sido «remida de modo mais sublime» (LG. 53).
Festa de Advento, a Solenidade da Imaculada Conceição constitui uma bela preparação para o Natal.

ORAÇÃO
Senhor nosso Deus, que, pela Imaculada Conceição da Virgem Maria, preparastes para o vosso Filho uma digna morada e, em atenção aos méritos futuros da morte de Cristo, a preservastes de toda a mancha, concedei-nos, por sua intercessão, a graça de chegarmos purificados junto de Vós. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

Sabia que
A coroa do Advento
Em cada domingo do Advento acendemos uma das quatro velas da Coroa do Advento: a 1ª lembra o perdão concedido a Adão e Eva, a 2ª simboliza a fé de Abraão e a dos outros Patriarcas a quem foi anunciada a Terra Prometida, a 3ª lembra a alegria do Rei David que recebeu de Deus a promessa de uma aliança eterna, a 4ª vela recorda o anúncio da chegada do Senhor pelos Profetas.
A luz nascente das velas indica a proximidade do Natal e representa a nossa fé e a nossa alegria pela vinda do Senhor.

Notícias
A Semana da Caridade
Até ao próximo fim de semana estará a decorrer na nossa Paróquia a Semana da Caridade. Somos convidados a partilhar os nossos bens, deixando a nossa oferta à saída das missas do próximo sábado e domingo, trazendo bens alimentares (principalmente azeite, bacalhau, açúcar, etc.) para os cabazes de Natal dos mais pobres, comprando as prendas no Mercadinho de Natal, ao fundo da igreja de Algés. Neste Natal, não fechemos o nosso coração aos mais necessitados.

A Solenidade da Imaculada Conceição
As missas desta Solenidade serão à hora habitual de Domingo, incluindo as missas vespertinas, excepto as missas do dia à tarde, que já são vespertinas do II Domingo do Advento.

Esta Semana
2 – Dia Internacional pela Abolição da Escravatura
3 – Dia Internacional da Pessoa com Deficiência
5 – Dia Mundial do Voluntariado
7/8 –Cimeira Europa/África

Missionários da Oração
Senhor Deus, nosso Pai
Como a luz, queremos ficar de vela
Para acolher o vosso Filho
E atender aos “sinais dos tempos”
Enquanto esperamos a sua última vinda.
Pelo vosso Espírito Santo,
Concedei-nos a graça e a paz
E ensinai-nos a vigiar e orar.

Leituras
3 » S. Francisco Xavier, presbítero, Padroeiro das Missões - MO
2ª Feira L 1 Is 4, 2-6; Sal 121; Ev Mt 8, 5-11
4 »
3ªFeira L1 Is 11, 1-10; Sal 71; Ev Lc 10, 21-24
5 » S. Frutuoso, S. Martinho de Dume e S. Geraldo, bispos - MO
4ªFeira L 1 Is 25, 6-10a; Sal 22; Ev Mt 15, 29-37
6 »
5ªFeira L 1 Is 26, 1-6; Sal 117; Ev Mt 7, 21.24-27
7 » S. Ambrósio, bispo e doutor da Igreja - MO
6ª Feira L 1 Is 29, 17-24; Sal 26 A; Ev .Mt 9, 27-31
8 » Imaculada Conceição da Virgem Santa Maria – Padroeira Principal
De Portugal - Solenidade
Sábado L 1 Gen 3 9-15; Sal 97; L 2 Ef 1, 3-6.11-12; Ev.Lc 1, 26-38
9 » Domingo II do Advento
Domingo L 1 Is 11, 1-10; Sal 71; L 2 Rom 15, 4-9 ; Ev Mt 3,

Sem comentários: