Na homilia da principal eucaristia que assinalou o encerramento dos 90 anos das aparições, o Cardeal Tarcisio Bertone, secretário de Estado do Vaticano apelou à rebelião dos cristãos face ao laicismo.
Na sua homilia, alertou para o facto de, nos tempos de hoje, muitos imaginarem «que a vitória depende essencialmente do talento, da habilidade, do valor dos que escrevem nos jornais, dos que falam nas reuniões, dos que têm um papel mais visível e que seria suficiente animar e aplaudir estes chefes como se anima e aplaude os jogadores no estádio».
«Não existe erro mais temível e desastroso!», «...para evitar tal desastre no que se refere ao renascimento do homem para uma sociedade nova», é necessário o esforço, «até o mais insignificante, dos servos mais humildes, dos servos de um só talento».
Perante os milhares de peregrinos que assistiram às cerimónias de inauguração da nova Igreja da Santíssima Trindade, o Cardeal Bertone, enviado e em representação de Bento XVI (que não tem disponibilidade para se deslocar a Portugal!*) deixou também algumas referências à mensagem de Fátima.
Segundo o Secretário de Estado do Vaticano, Fátima é «conversão, emenda de vida, deixar de pecar, reparar a Deus ofendido no irmão».
E dirigindo-se aos fiéis, lembrou que, «sem negar o valor dos sacrifícios e penitências voluntárias», a penitência de Fátima «é a aceitação submissa da vontade de Deus».
Omnipresentes que estão, ainda, as impressionantes imagens de João Paulo II, doente, praticamente moribundo, a levar et orbi (percorrendo-o) a palavra de Deus, podemos perceber na resposta do Secretário de Estado do Vaticano uma diplomática forma de revelar que o sucessor de João Paulo II na cadeira de Pedro não tenciona vir tão cedo a Fátima.
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