segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

Natividade - Josefa de Óbidos

Adjectivo ou imperativo?

(Interpretação errada da Bíblia gera confusão extraconjugal.)
Ou
O sonho, o pastor e o acento (ou a putativa falta dele).

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Folha Informativa - 16 de Dezembro de 07 Domingo III do Advento

Palavra do Pároco
Cristo Jesus, volta mais uma vez!
Precisamos de Ti, só de Ti e de nenhum outro.
Unicamente Tu, que nos amas,
Podes compreender o nosso sofrimento,
A piedade que cada um de nós sente por si mesmo.
Só Tu podes perceber quanto á grande, incomensuravelmente grande,
A necessidade que temos de Ti nesta hora do mundo.

Nenhum outro, nenhum de todos os que vivem,
Nenhum dos que dormem na lama da glória
Pode dar aos homens necessitados, caídos em tal cruel penúria,
Na miséria mais terrível de todas – a da alma - ,
O bem que salva!

Nós te pedimos, Cristo, nós que ainda nos recordamos de ti,
Nós te pedimos que voltes mais uma vez
Ao meio dos homens que te mataram,
Ao meio dos homens que te continuam a matar,
Para dar, a esses assassinos das trevas, a luz da vida verdadeira…

Nós esperamos-Te, Cristo Jesus, esperar-Te-emos todos os dias,
A despeito da nossa indignidade e de todos os impossíveis.
E todo o amor que encontrarmos nos nossos corações devastados,
Será para Ti, que foste atormentado por amor de nós,
E agora nos atormentas com toda a força do teu amor implacável.

Giovanni Papini

Pensamento
O Nosso Mestre é Jesus Cristo, Filho e enviado de Deus, Pai e Senhor de todas as coisas, do qual recebemos o nome de cristãos.
S. Justino

Meditação
O nascimento interior de Deus
Ah, que alegria, Deus se faz homem e também já nasceu!
Onde? Em mim: Ele me escolheu como Sua mãe.
Como pode acontecer? Minh’alma é Maria,
Manjedoura o meu coração, e o corpo a gruta.
A nova justiça são as faixas e os panos,
José o temor de Deus, e as forças do ânimo
São anjos em alegria, e a luz é o seu clarão,
Os sensos pudicos são os pastores, que o encontram.

Angelus Silesius
À mesa da Palavra
«Não só de pão vive o homem,
mas de toda a palavra que sai da boca de Deus» (Mt 4,4)

Sem a Palavra
Que faz arder o nosso coração,
Pouco mais podemos fazer
Do que voltar para casa,
Resignados com o triste facto de que,
Não há nada de novo debaixo do sol.

Sem a Palavra,
A nossa vida tem pouco sentido,
Pouca vitalidade e pouca energia.

Sem a Palavra,
Continuamos a ser
Pessoas mesquinhas,
Com interesses mesquinhos,
Que levam vidas mesquinhas
E morrem de mortes mesquinhas
Henri Nouwen
Destaque
Tempo de Advento – Tempo de Conversão

Bento XVI convida-nos, neste Natal, a que abramos o nosso coração para «acolher o Filho de Deus que vem ao meio de nós para tornar manifesto o juízo divino». E diz:
«O Pai celeste, que no nascimento do seu Filho unigénito nos manifestou o Seu Amor misericordioso, chama-nos a seguir os seus passos, fazendo das nossas existências, como Ele, um dom de Amor. (…) É hoje, no presente, que se joga o nosso destino futuro; é com o nosso comportamento concreto que decidimos a nossa sorte eterna. No entardecer dos nossos dias na terra, no momento da morte, seremos avaliados com base na nossa semelhança ou não com o Menino que está para nascer na pobre gruta de Belém, porque é Ele o critério de medida que Deus deu à humanidade».
Somos convidados a mudar; a mudança tem de começar por nós, por dentro e tem um nome: Conversão. Abramos, pois, os nossos corações.

Sabia que
Nossa Senhora do Ó
A Festa de Nossa Senhora do Ó é uma devoção Mariana, instituída no Século VI pelo X Concílio de Toledo e é conhecida na liturgia pelo nome de «Expectação do Parto de Nossa Senhora». O nome de Senhora do Ó advém do facto de, as antífonas maiores, de 18 de Dezembro à véspera de Natal, começarem sempre pela interjeição exclamática «Ó». Simboliza a gravidez da Virgem Maria: «no avultado ventre sagrado se reconhecem as esperanças do parto».
Em Portugal o culto a Nossa Senhora do Ó ter-se-ia iniciado em Torres Novas, em Santa Maria do Castelo, pela veneração de uma imagem, sita na Capela-Mor da Igreja Matriz e conhecida à época de D. Afonso Henriques por Nossa Senhora de Almondano, no tempo de D. Sancho I por Nossa Senhora de Alcáçova, e a partir de 1212 por Nossa Senhora do Ó; é Padroeira de 16 freguesias.
A devoção à Nossa Senhora do Ó procura, sobretudo, «celebrar a vida».
Assim como Nossa Senhora, na expectativa do nascimento do Salvador, roguemos «Ó! Senhor, vinde logo».

Domingo Gaudete
O terceiro domingo do Tempo do Advento é conhecido por Domingo Gaudete (Domingo «alegrai-vos»), chamado assim pela primeira palavra do intróito da missa deste dia.
Inicialmente, o Advento consistia num jejum de 40 dias de preparação para o Natal, sendo também chamado a «Quaresma de São Martinho». A simbologia deste dia (onde se podem usar paramentos rosa em vez dos habituais paramentos roxos) aponta para o verdadeiro sentido das práticas penitenciais que devem estar sempre marcadas pela alegria cristã. E no Advento, a alegria irrompe desta certeza: O Senhor está próximo! A sua vinda é certa como a aurora!

Notícias
Dia Internacional do Migrante - 18 de Dezembro
A 18 de Dezembro de 1990 a Assembleia Geral das Nações Unidas adoptou a Convenção Internacional para a Protecção dos Direitos de todos os Trabalhadores Migrantes e as suas Famílias. Em 2000 este dia foi proclamado o Dia Internacional dos Migrantes. Acima de tudo este dia significa uma oportunidade para se reconhecer a contribuição de milhões de migrantes na economia e no bem-estar tanto dos países de residência quanto de seus próprios, e para promover o respeito aos seus direitos humanos e à cidadania universal de que são detentores como cidadãos membros da família humana.

Semana da Caridade
Da generosidade das pessoas que contribuíram para a Semana da Caridade recolhemos este ano 2.173,94 €, mais 313,45 € que no ano anterior. Este valor destina-se à aquisição de bens alimentares que, associados aos bens alimentares do Banco Alimentar contra a Fome e dos paroquianos de Algés e Miraflores constituirão os «Cabazes de Natal» a oferecer a cerca de 130 famílias carenciadas na nossa Paróquia.

Novo apelo ao Contributo Paroquial
Na mesa à entrada da Igreja poderemos encontrar os desdobráveis do contributo paroquial. Que os paroquianos que ainda não decidiram inscrever-se aproveitem esta quadra para ultrapassar esta sua indecisão. A nossa Comunidade e não se mantém pela «venda de serviços» ou pelas «esmolas» recebidas mas do apoio consciente e responsável dos seus membros. Se me sinto verdadeiramente «membro» e não apenas «frequentador», deveria seriamente pensar nisto…

Vai acontecer
Missa do Galo, também em Miraflores

Este ano haverá também em Miraflores a missa da Meia-noite. Estas missas, há mesma hora em Algés e Miraflores serão as únicas missas vespertinas do dia 24. No dia de Natal, as missas serão à hora habitual de Domingo.

Missionários da Oração
VEM
Ó tu, que és único como o sol, vem!
sem ti, o jardim e as folhas empalidecem, vem!
o mundo sem ti é pó e cinzas.
este banquete, estes regozijos sem ti perdem o vigor, vem!

Rümi

Leituras
17 » L 1 Gen 49, 2.8-10; Sal 71; Ev Mt 1, 1-17
2ª Feira
18 » L1 Jer 23, 5-8; Sal 71; Ev Mt 1, 18-25
3ªFeira
19 » L 1 Jz 13, 2-7.24-25a; Sal 70; Ev Lc 1, 5-25
4ªFeira
20 » L 1 Is 7, 10-14; Sal 23; Ev Lc 1, 26-38
5ªFeira
21 » L 1 Cânt 2, 8-14 ou Sof 3, 14-18a; Sal 32; Ev .LC 1, 39-45
6ª Feira
22 » L 1 Sam 1, 24-28; Sal 2; Ev. Lc 1, 46-56
Sábado
23 » Domingo IV do Advento
Domingo L 1 Is 7, 10-14; Sal 23; L 2 Rom 1, 1-7 ; Ev Mt 1, 18-24

Folha Informativa - Dom. 9 de Dezembro de 07 Domingo II do Advento

Palavra do Pároco
Pressa em julgar
A propósito da leitura de Isaías deste Domingo onde se lê que o Messias «não julgará segundo as aparências, nem decidirá pelo que ouvir dizer» (Is 11, 3), escreve o padre Victor Gonçalves na revista Voz da Verdade:
«É muito fácil esquecermos que, quando apontamos a o dedo a alguém, ficam outros três recolhidos a apontar para nós! Como cresceu este ambiente de tudo julgar, (…) dando voz a falsidades ou especulações que põem em causa a dignidade dos visados? É a liberdade um escape para tudo se poder dizer, seja ou não verdade? Julgar pelas aparências, próprio de conversas de coscuvilheiras, propagar o “ouvi dizer” com destaques de informação televisiva, pode revelar uma grande mediocridade de quem alimenta e consome este estilo de comunicação! (…) Lembro-me um texto lido há tempos: “As pessoas grandes partilham ideias, as pessoas incaracterísticas falam de coisas, as pessoas medíocres optam pela coscuvilhice.” É verdade que Jesus bem nos preveniu acerca da tentação de julgar e condenar, coisa que Ele nunca fez. Pelo contrário, pediu que cada um olhasse para si antes de atirar uma pedra. (…) No fundo, é mais fácil condenar do que salvar. É mais fácil colocar um rótulo do que deixar-se surpreender pelo dom do outro. É mais fácil pintar uma fachada do que construir o que não se vê. (…) Como podemos vencer então esta pressa em julgar?»

Pensamento
O amor consiste em despojar-se e desapegar-se, por Deus, de tudo o que não é Ele.
S. João da Cruz
Meditação
Subida ao Monte Carmelo
Para chegares a saborear tudo,
Não queiras ter gosto em coisa alguma.
Para chegares a possuir tudo,
Não queiras possuir coisa nenhuma.
Para chegares a ser tudo,
Não queiras ser coisa alguma.
Para chegares a saber tudo,
Não queiras saber de coisa nenhuma.
Para chegares ao que não gostas,
Hás-de ir por onde não gostas.
Para chegares ao que não sabes,
Hás-de ir por onde não sabes.
Para vires ao que não possuis,
Hás-de ir por onde não possuis.
Para chegares ao que não és,
Hás-de ir por onde não és.
S. João da Cruz
S. João da Cruz
Nasce em Fontiveros, Espanha, em 1542, no seio de uma família simples e rica de valores humanos. Trabalha como enfermeiro. Estuda nos Jesuítas e, com 21 anos, entra no Carmelo. Aos 25 anos é ordenado sacerdote; nessa altura conhece Santa Teresa de Ávila que o estimula a formar uma nova comunidade de vida pobre, contemplativa e apostólica. Aos 35 anos é preso por 9 meses no calabouço, como rebelde, num convento de Toledo; tudo aceita e é então que escreve os seus poemas. Durante toda a sua vida ele tornou-se um contemplativo, «um nómada que vai revelando o seu amor pelo Reino como fermento que questiona uma sociedade e uma igreja não comprometida…»
Sua mensagem: Que a oração e o silêncio nos levem a descobrir Deus; que sejamos dóceis às inspirações do alto; que saibamos perdoar a todos os que nos ofendem; que descubramos o tesouro da cruz.
Morre com 49 anos, no Convento de Ubeda. Beatificado em 1675 por Clemente X, foi canonizado em 1726 e declarado Doutor da Igreja, por Pio XI, em 1926. Em 1952 foi proclamado «Patrono dos Poetas Espanhóis».

Destaque
Sentido do Advento
Podemos tomar como ponto de partida a palavra «Advento»; este termo não significa «espera», como poderia se supor, mas é a tradução da palavra grega parusia, que significa «presença», ou melhor «chegada», quer dizer, presença começada. Ou seja, o Advento significa a presença começada do próprio Deus. Por isso, nos recorda duas coisas: primeiro, que a presença de Deus no mundo já começou, e que Ele já está presente de uma maneira oculta; em segundo lugar, que essa presença de Deus acaba de começar, ainda que não seja total, mas está em processo de crescimento e amadurecimento. Sua presença já começou, e somos nós, os crentes, que, por Sua vontade, devemos fazê-lo presente no mundo. É por meio da nossa fé, esperança e amor que Ele quer fazer brilhar a luz continuamente na noite do mundo. De modo que as luzes que acendemos nas noites escuras deste Inverno sejam ao mesmo tempo consolo e advertência: certeza consoladora de que a «luz do mundo» já foi acesa na noite escura de Belém e transformou a noite do pecado humano na noite santa do perdão divino; por outro lado, a consciência de que esta luz somente pode – e somente quer – seguir brilhando se é sustentada por aqueles que, por ser cristãos, continuam através dos tempos a obra de Cristo.
Bento XVI

Famílias em Missão:
Neste Natal, levar Jesus à consoada de cada família
Depois da iniciativa de Outubro, onde cerca de 60 famílias receberam a visita das Famílias em Missão que lhes levaram uma imagem de Nossa Senhora, um terço e uma proposta de oração em família, vamos agora levar Jesus à consoada das famílias da nossa Paróquia, especialmente daquelas que não frequentam a Igreja.
Serão cerca de 80 as famílias que serão visitadas e a quem entregaremos uma imagem do Menino, uma vela, uma proposta de oração para ser feita em família antes ao iniciar a Ceia de Natal e uma mensagem de uma família cristã da nossa Comunidade Paroquial.
Para esta iniciativa necessitamos:
- Mais «Famílias em Missão» que se disponham a visitar um ou mais vizinhos não praticantes levando-lhes esta proposta. Se tem algum vizinho a quem gostasse de fazer esta oferta, não deixe de se inscrever nas «Famílias em Missão»
- Famílias cristãs que se disponham a escrever um ou mais cartões com o seu testemunho e o convite a que nos encontremos com Jesus neste Natal. Estes cartões poderão ser levantados nos serviços paroquiais e entregues no mesmo local até ao dia 16.

Esta Semana
Concerto de Natal
Neste Domingo, dia 9, o Coral de Cristo – Rei vai promover o seu tradicional Concerto de Natal. Para além do nosso Coral, que abrirá a sessão, participarão também o Coro Santander Totta e o Coral Canto Novo/Costa Azul. O Concerto vai realizar-se no salão paroquial, e tem início às 16h00. A entrada é gratuita e todos estamos convidados.

Retiro do Advento
Nesta segunda – feira, dia 10, no Salão Paroquial, vamos ter o nosso retiro paroquial de Advento, orientado pelo diácono João Gonçalves. Inicia às 10h00 e termina, com a Eucaristia, às 17hoo.

Bênção e entrega das imagens do Menino Jesus
Nas missas do próximo fim de semana teremos a já habitual bênção e entrega das imagens do Menino. As crianças estão convidadas a trazerem à igreja a imagem do Menino que irão depois colocar no presépio, em suas casas.

Confissões em Tempo de Advento
Tempo de conversão, o Advento é, também, tempo de Confissão. Para além do horário normal das confissões na nossa Paróquia, que se encontra afixado, teremos no dia 16, Domingo, pelas 15h00, Celebração Penitencial seguida de confissões.
Quem tiver conhecimento de algum familiar ou vizinho doente que deseje receber a visita de um sacerdote neste tempo de Advento poderá deixar o seu nome, morada e contacto nos serviços paroquiais ou directamente a algum dos padres

Recibo dos donativos e contributo paroquial
As pessoas que, ao longo deste ano, fizeram os seus donativos ou pagaram o contributo paroquial e já receberam a respectiva declaração deverão tratar de a substituir junto dos serviços paroquiais ou do diácono Adelino pelo recibo normalizado segundo as indicações do ministério das finanças e do Patriarcado de Lisboa.

Esta Semana
10 – Dia Mundial dos Direitos Humanos
11 – Dia Mundial da UNICEF

Missionários da Oração
Esperando o Natal
Torna-nos dignos, Senhor,
De celebrar e acabar em paz
A tua festa de luz
Deixando as palavras vãs,
Fazendo obras justas,
Evitando as paixões
E elevando-nos acima da terra.
Em «Oriens christianus»
Leituras
10 »
2ª Feira L 1 Is 35, 4-7a; Sal 84; Ev Lc 5, 17-26
11 »
3ªFeira L1 Is 40, 1-11; Sal 95; Ev Mt 18, 12-14
12 »
4ªFeira L 1 Is 40, 25-31; Sal 102; Ev Mt 11, 25-30
13 » S. Luzia, virgem e mártir - MO
5ªFeira L 1 Is 41, 13-20; Sal 144; Ev Mt 11, 11-15
14 » S. João da Cruz, presbítero e doutor da Igreja - MO
6ª Feira L 1 Is 48, 17-19; Sal 1; Ev .Mt 11, 16-19
15 »
Sábado L 1 Sir 48, 1-4.9-11; Sal 79; Ev. Mt 17, 10-13
16 » Domingo III do Advento
Domingo L 1 Is 35, 1-6a.10; Sal 145; L 2 Tg 5, 7-10 ; Ev Mt 11, 2-11

Folha Informativa - Dom. 2 de Dezembro de 07 Domingo I do Advento

Palavra do Pároco
Quem é o meu próximo?
A propósito da Semana da Caridade
Por vezes, quando surge alguma calamidade no outro lado do planeta e somos convidados a ser solidários, confrontam-nos com a seguinte pergunta: porquê ir tão longe se há tantas pessoas necessitadas mesmo aqui ao nosso lado? Respondo invariavelmente: «o que cria as distâncias não são as milhas mas sim o coração».
Outros questionam: o que adianta ajudar uma pessoa se estou diante de uma multidão incontável de pobres a quem eu não posso valer? Aí respondo com uma história de que gosto muito: «Uma criança afadigava-se por entregar ao mar, um a um, um cardume enorme de pequenos peixes que a maré tinha lançado na areia da praia. Alguém a questionava: porquê te dás a todo esse trabalho? Não vês que nunca conseguirás salvar todos os peixes sozinho? Além do mais eles vão morrer muito antes de conseguires colocar todos na água! O teu trabalho todo não fará qualquer diferença na tua intenção de salvar o cardume... O menino olha para o peixinho que segura na mão e responde cheio de confiança para o senhor que o interpelava: - É verdade, talvez não faça grande diferença para salvar todo o cardume. No entanto, para este pequeno peixe fará toda a diferença do mundo!»
Nesta Semana da Caridade, ao entramos no tempo do Advento, abramos o nosso coração aos pobres, próximos e distantes, para que todos eles se tornem o nosso «Próximo». É que a nossa ajuda pode fazer «toda a diferença».

Pensamento
Para a vinda de Cristo, que poderíamos chamar «encarnação espiritual», o arquétipo é Maria. Como a Virgem conservou no seu coração o Verbo feito carne, assim cada uma das almas e toda a Igreja estão chamadas, na sua peregrinação terrena, a esperar Cristo que vem, e a acolhê-lo com fé e amor sempre renovados.

Bento XVI
O Advento é destinado a dar asas e pés aos sonhos de paz.
Frei Bento Domingues

Meditação
Que fizemos da Espera?
Sobre a hora e as modalidades desta vinda formidável, será vão, adverte-nos o Evangelho, especular. Mas devemos esperar.
A espera, a espera ansiosa, colectiva e operante de um Fim do Mundo, isto é, de uma Saída para o Mundo, é a função cristã por excelência e talvez o traço mais distintivo da nossa religião.
Historicamente a espera jamais deixou de guiar, como um archote, os progressos da nossa fé. Aparecido entre nós por um instante, o Messias só se deixou ver e tocar para se perder, uma vez ainda, mais luminoso e inefável, nas profundezas do futuro. Ele veio, mas agora, devemos esperá-lo ainda e de novo – não apenas um pequeno grupo escolhido, mas todos os homens – mais do que nunca. O Senhor Jesus só virá depressa se o esperarmos muito. É uma acumulação de desejos que deve fazer irromper a Parusia.
Cristãos, encarregados após Israel de guardar sempre viva sobre a Terra a chama de desejo, vinte séculos após a Ascensão, que fizemos da espera?
Teilhard de Chardin

Fonte Inefável de Luz
Fonte inefável de luz,
Verbo em quem o Eterno contempla a sua beleza,
Astro do qual o Sol não passa de sombra grosseira,
Dia sagrado de quem o dia recebe a sua claridade.

Ergue-te, Sol adorável,
Que transformas a eternidade num dia feliz;
Faz brilhar a nossos olhos a tua claridade compassiva,
E difunde em nossos corações o fogo do teu amor.

Guia a nossa alma no seu caminho,
Torna o nosso corpo dócil à tua divina lei;
Enche-nos de uma esperança inabalável por qualquer dúvida,
E que jamais o erro altere a nossa fé.
Sto. Ambrósio

À mesa da Palavra
São Mateus, evangelista do novo ano litúrgico – Ano A –
O Leccionário Dominical (livro litúrgico que integra as leituras dominicais) está estruturado em três anos, o ano A, B e C. Isto significa que durante 3 anos as leituras são diferentes, só se repetindo no quarto ano. Em cada um dos anos, especialmente nos domingos do Tempo Comum, acompanha-nos um dos evangelistas sinópticos, sendo São Mateus o evangelista deste ano, o ano A. Durante os próximos números da Folha Informativa vamos procurar apresentar este evangelista e as características específicas do seu Evangelho.

«Na Eucaristia a mesa da Palavra é tão importante como a mesa do Pão Repartido, ou dito de outra maneira a Palavra é o primeiro Pão Repartido.»
D. José Policarpo

«Meditai com frequência na Palavra de Deus e permiti que o Espírito Santo seja o vosso Mestre. Assim, havereis de descobrir que os pensamentos de Deus não são os dos homens; sereis levados a contemplar o verdadeiro Deus e a ler os acontecimentos da História com os seus olhos; haveis de saborear a alegria que nasce da verdade.»
Bento XVI
Destaque
A Solenidade da Imaculada Conceição de Nossa Senhora
Mais do que qualquer outro tempo do Ano Litúrgico, o Advento é tempo de Maria, pois é nele que A vemos em mais íntima relação com o Seu filho, ao Qual está unida «por vínculo estreito e indissolúvel» (LG. 53).
Se o Senhor veio ao meio dos homens, se Ele vem ainda, é por meio de Maria. N’Ela se cumpre, na verdade, o mistério do Advento.
Embora, na sua origem e no seu princípio, a Solenidade da Imaculada Conceição, que vem do século XI, não nos apareça em ligação com o Advento, contudo ela é uma verdadeira festa do Advento. Ela é a aurora que precede, anuncia e traz em si o Dia novo, que está para surgir no Natal.
Enaltecendo a Virgem Maria, esta Solenidade, em vez de nos desviar do Mistério de Cristo, leva-nos, pelo contrário, a exaltar a obra da Redenção, ao apresentar-nos Aquela que foi a primeira a beneficiar dos seus frutos, tornando-se a imagem e o modelo segundo o qual Deus quer refazer o rosto da Humanidade, desfigurado pelo pecado.
Assim como na aurora se projecta a luz do sol, de cujos raios ela tira a vida, assim em Maria Imaculada se reflecte o poder do Salvador que está para vir: a Seus méritos Ela deve, com efeito, o ter sido «remida de modo mais sublime» (LG. 53).
Festa de Advento, a Solenidade da Imaculada Conceição constitui uma bela preparação para o Natal.

ORAÇÃO
Senhor nosso Deus, que, pela Imaculada Conceição da Virgem Maria, preparastes para o vosso Filho uma digna morada e, em atenção aos méritos futuros da morte de Cristo, a preservastes de toda a mancha, concedei-nos, por sua intercessão, a graça de chegarmos purificados junto de Vós. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

Sabia que
A coroa do Advento
Em cada domingo do Advento acendemos uma das quatro velas da Coroa do Advento: a 1ª lembra o perdão concedido a Adão e Eva, a 2ª simboliza a fé de Abraão e a dos outros Patriarcas a quem foi anunciada a Terra Prometida, a 3ª lembra a alegria do Rei David que recebeu de Deus a promessa de uma aliança eterna, a 4ª vela recorda o anúncio da chegada do Senhor pelos Profetas.
A luz nascente das velas indica a proximidade do Natal e representa a nossa fé e a nossa alegria pela vinda do Senhor.

Notícias
A Semana da Caridade
Até ao próximo fim de semana estará a decorrer na nossa Paróquia a Semana da Caridade. Somos convidados a partilhar os nossos bens, deixando a nossa oferta à saída das missas do próximo sábado e domingo, trazendo bens alimentares (principalmente azeite, bacalhau, açúcar, etc.) para os cabazes de Natal dos mais pobres, comprando as prendas no Mercadinho de Natal, ao fundo da igreja de Algés. Neste Natal, não fechemos o nosso coração aos mais necessitados.

A Solenidade da Imaculada Conceição
As missas desta Solenidade serão à hora habitual de Domingo, incluindo as missas vespertinas, excepto as missas do dia à tarde, que já são vespertinas do II Domingo do Advento.

Esta Semana
2 – Dia Internacional pela Abolição da Escravatura
3 – Dia Internacional da Pessoa com Deficiência
5 – Dia Mundial do Voluntariado
7/8 –Cimeira Europa/África

Missionários da Oração
Senhor Deus, nosso Pai
Como a luz, queremos ficar de vela
Para acolher o vosso Filho
E atender aos “sinais dos tempos”
Enquanto esperamos a sua última vinda.
Pelo vosso Espírito Santo,
Concedei-nos a graça e a paz
E ensinai-nos a vigiar e orar.

Leituras
3 » S. Francisco Xavier, presbítero, Padroeiro das Missões - MO
2ª Feira L 1 Is 4, 2-6; Sal 121; Ev Mt 8, 5-11
4 »
3ªFeira L1 Is 11, 1-10; Sal 71; Ev Lc 10, 21-24
5 » S. Frutuoso, S. Martinho de Dume e S. Geraldo, bispos - MO
4ªFeira L 1 Is 25, 6-10a; Sal 22; Ev Mt 15, 29-37
6 »
5ªFeira L 1 Is 26, 1-6; Sal 117; Ev Mt 7, 21.24-27
7 » S. Ambrósio, bispo e doutor da Igreja - MO
6ª Feira L 1 Is 29, 17-24; Sal 26 A; Ev .Mt 9, 27-31
8 » Imaculada Conceição da Virgem Santa Maria – Padroeira Principal
De Portugal - Solenidade
Sábado L 1 Gen 3 9-15; Sal 97; L 2 Ef 1, 3-6.11-12; Ev.Lc 1, 26-38
9 » Domingo II do Advento
Domingo L 1 Is 11, 1-10; Sal 71; L 2 Rom 15, 4-9 ; Ev Mt 3,